Participante – Satyaprem, isso que falam de "agir com o coração" ou "agir com a razão" é imaginação?
Sim.
Participante – Mas parece que existe uma diferença em agir com o coração ou com a razão. Não tem?
É você quem escolhe?
Participante – Em princípio, sim. Ou não?
Para os que sugerem essa divisão, agir com o coração não é nada mais que "ser bonzinho", e agir com a razão é "ser calculista". O que preciso relembrar é que essa linguagem é terapêutica. É uma linguagem relativa, serve o relativo, o temporário. Permite que as pessoas permaneçam identificadas com o que não são, com o periférico, aquilo que se pode reduzir aos mapas. Investigue: o Ser tem coração? Onde você encontra o coração ou a razão? Estamos falando da periferia ou não?
Uma vez que você desapareça no Ser, todas essas coisas são abandonadas. Aliás, Osho fala: "Você não tem coração nem mente. Essa é a linguagem dos sentidos, tudo isso deve ser abandonado".
Houve um momento, no processo da busca espiritual, que mudaram o discurso do pensar para o sentir, muito instrumental – da "razão" para o "coração". Agora: neti neti, nem isso nem aquilo. Deixe o Ser falar. Quando Ele fala, passa por onde tiver que passar – seja pela cabeça, pelo coração ou pelos seus pés. Uma grade não é obstáculo para o céu. Veja!
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