Toyo era um menino. Ele chegou ao mestre, bateu o gongo e o mestre apareceu. Olhou para ele, e disse: "Toyo, revela para mim o som de duas mãos". Toyo bateu palmas com as duas mãos. "Muito bem, Toyo" – disse o mestre. "Agora, revela pra mim o som de uma só mão". Toyo, então, bateu o gongo com uma só mão. E o mestre disse: "Não está certo, Toyo". Toyo ficou meditando a respeito. No outro dia, veio com a resposta. Novamente, o mestre olhou pra ele e disse: "Não está certo". E lá se foi o Toyo... e os dias foram passando. A cada dia, Toyo elaborava uma resposta. Ele foi elaborando todas as respostas que cabiam dentro da mente dele. Até que, um dia, ele não tinha mais resposta nenhuma. Nesse dia, ele chegou para o mestre, que, antes mesmo dele falar, disse: "Não está certo, Toyo." Toyo, então, desistiu completamente. Quando desistiu completamente de ter a resposta, ou de não ter a resposta, ele entrou no Silêncio. O Silêncio que transcende a forma, o negar, o fazer ou não fazer vista-grossa. A realização, pura e simples, d'Aquilo que É. Não importa se você vê, ou não. Se lembra, ou não. Aquilo É – e mais nada é. Toyo não existe. Nessa rendição, Toyo se prostrou ao mestre. E o mestre disse: "Agora você encontrou o som de uma só mão".
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