Participante – Eu noto que a linguagem confunde. Ora "eu" se refere a quem eu sou, ora ao equívoco.
A quem ela confunde?
Participante – A confusão está na mente.
Então deixe que esse seja um problema dela! Quem é você? Quando a pergunta é feita, tente alinhar e corrigir qualquer possibilidade de equívoco. Não há confusão em quem você é. E é por isso que, de certa forma, reitero que os acontecimentos não são importantes.
Mesmo quando você diz: "Preciso meditar". Veja: quem está meditando? Preste muita atenção! Em alguns casos, é nítido ver algo como um personagem se tornando uma espécie de estátua de pedra. Você não é isso, você é a consciência disso. E, no frigir dos ovos, no seu despertar, não tem importância se você está parecendo um buda de pedra ou um bêbado. Ambos são acontecimentos na Consciência que você é.
Uma ótima ilustração descreve isso nos "Dez touros Zen", de Kakuan. Depois de ter passado por todo um longo processo de busca, o monge volta para o mercado público com uma garrafa de vinho nas mãos. Uma vez visto, não há mais confusão.
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