segunda-feira, julho 26
Aquilo que você é, não conhece o tempo
Entrar no contexto de Satsang,
significa lançar mão do que quer que seja que você queira.
Tudo que você quer, demanda tempo.
Provavelmente, você já se pegou dizendo que precisa de mais tempo.
Certamente, você já entrou num processo terapeutico, desses que vemos por aí,
onde se diz: "Agora preciso de um tempo para integrar isso!"
Mas você sabe quem está dizendo todas essas coisas?
Você já precisou de tempo para integrar algo?
Veja quem é esse ou essa estrutura que precisa de tempo para ‘integração’.
Eu trago aqui um contraste entre duas coisas:
uma delas é o que você pensa que é.
E a outra é aquilo que você é, de verdade.
Aquilo que você pensa que é, não só demanda tempo para expor-se,
como precisa de tempo para manter-se integrado.
Tempo é fundamental para aquele que você pensa que é.
Já Aquilo que você é, não conhece o tempo,
e não é um mecanismo em evolução, tampouco.
Diga-se de passagem: a noção de evolução é positivista;
você só evolui para o melhor.
Até os Beatles disseram: “It’s getting better all the time”.
Mas, não necessariamente é assim.
Eu proponho uma distinção, através da sua própria observação,
do que é você e do que não é você, inexoravelmente.
O que quer que seja que você pense como sendo você, não é você.
Esse que se pensa o tempo todo produz frases do tipo:
"Eu preciso de tempo para integrar algo".
Ou ainda: "Não vou fazer esse próximo encontro,
porque estou integrando uns processos do último encontro...
não entendi bem algumas coisas...
e agora vou dar um tempo, porque sozinho irei entendê-las".
A proposta de Satsang não é entender absolutamente nada.
Muito pelo contrário, é que você note os mecanismos internos
que o afastam do Agora, sempre demandando tempo.
Veja: quanto tempo você precisa para descobrir onde fica o Agora?
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