Quando perguntam "quem é você", você nota que a resposta dada, geralmente, é apenas um nome? O nível de conhecimento a respeito de si mesmo é tão superficial que para a maioria das pessoas um simples nome aparece como resposta.
Na verdade, o que acontece é que ninguém sabe e nem quer saber o que há além dessa superfície. Tudo o que importa é o seu nome, o sobrenome e o que você faz. Fora isso, o que você sabe? Quem é você?
Nem sequer um confronto com outros possíveis nomes vem a ser possível. Você está piamente convencida a respeito de ser a "Ana Maria". No entanto, o seu nome é o aspecto mais exterior de você, é apenas uma placa através do qual você é localizado no mundo. É um rótulo. E, como todo rótulo, está fora. Assim como todos os outros rótulos: sexo, idade, profissão, classe econômica, etc. Tudo na periferia.
Por isso, quando surge o anseio em conhecer a si mesmo, o primeiro passo a ser dado é para dentro. Nenhum aspecto periférico a você pode ser você. Você está dentro, nesse não-lugar, vendo todos os acontecimentos que ocorrem fora. Você vê o seu nome, portanto, não pode sê-lo...
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