quarta-feira, dezembro 14

esse sentado não é você!
















Proponho uma breve investigação: antes de você estar com sede, antes de estar com fome, antes de estar iluminado, obscuro ou iludido, o que é que há? Perceba que sempre há um “eu” na mente. Não existe fome sem “eu”, não existe sede sem “eu”, não existe inclusive luminado sem “eu”. Você diz: “Eu estou com fome”. E eu pergunto: quem é esse “eu” que está com fome?

O trajeto é tão condicionado, tão robotizado, tão pré-programado, que qualquer um responderia: “Quem está com fome é esse eu, sentado aqui.” E eu torno a perguntar: esse “eu” que está sentado aí é você? Você morreria por esta afirmação?  Muitos morrem por essa afirmação. E ao morrerem nessa afirmação, eles morrem para quem verdadeiramente são. 

Porém, se você tem dúvidas a respeito de que “isso” sentado aí seja você realmente, então começa a trilhar o verdadeiro caminho do auto-conhecimento. É nesse momento que nasce a possibilidade de vislumbrar quem está vendo este “eu” sentado aí.

Se está trilhando o verdadeiro caminho do auto-conhecimento é porque você começou a duvidar de tudo que a humanidade tem dito a você através de seus pais, das escolas, dos terapeutas e professores. Em Satsang, você precisa estar em completa dúvida, porque nesse encontro não será encontrado um “você”, tal qual você pensa. Este encontro está posto para que você se revele como “in-encontrável”.

Um comentário:

  1. Se não há roteiro esse "eu" é apenas uma ideia, uma fixação,uma colagem ou tatuagem... sei lá! Apenas um rótulo para quem gosta de viver de rótulos. Mas será que o rótulo é o sujeito? Essa aí bateu fundo! Nemastê.

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