Participante – Satya, se aceitação é o ponto, como fazer para aceitar a raiva? Sinto muita raiva e é difícil aceitar.
Você está com raiva agora?
Participante – Estou com muita raiva.
Você sente raiva do quê?
Participante – Da minha vida atual.
Quando diz “da minha vida atua”, do que você está falando?
Participante – Do meu trabalho.
Você está trabalhando agora?
Participante – Não, agora não! [Risos]
Esse é o segredo: “agora não”. Se descobre essa porta, está tudo resolvido – e você pode entrar nela sempre que estiver atribulado com o que quer que seja.
Essa porta está disponível, abra! Este é o segredo. Depois que você passa por esta porta, tanto a raiva quanto qualquer outro acontecimento se tornam apenas um sonho, uma ilusão. E você não é forçado, de maneira nenhuma, a continuar sonhando. Duvide, questione a si mesmo. Penetre no agora e saiba que “agora você não está com raiva” – isto é fatal.
Para sentir essa raiva, você tem que pensar no trabalho. Mas se você não está trabalhando agora, não há o que fazer. Não é o trabalho que causa raiva, é pensar. Meu intento aqui é evidenciar o ponto onde não há raiva nenhuma e, para isso, não proponho uma fórmula; proponho que você verifique com acuidade que a raiva é um fenômeno aparente, aparece e desaparece.
O que precisa ficar evidente é que há um “lugar” em você onde há paz, apesar de qualquer fenômeno temporal. Se você atenta para esse sujeito, para essa subjetividade pura onde não tem absolutamente nada acontecendo, a semente está plantada – e este é o meu único papel aqui.
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