sexta-feira, dezembro 23

a ovelha e o leão


















Já notou aqueles momentos em que, de repente, você se sente muito bem? Nada em particular foi feito, às vezes você está vendo um filme, tomando um chá, lendo um livro ou comendo algo, e brota uma bem aventurança, uma sensação muito boa de paz. É muito comum que você tente relacionar esta “sensação” ao que está acontecendo – a comida, o chá, o livro... – sem se dar conta de que aquilo aconteceu desligado, desvinculado de qualquer coisa.

O que compartilho a respeito “desses momentos” é que, por um instante, você esqueceu de todos os seus problemas e de toda a sua identidade, e o Silêncio penetrou.

No corpo e na mente a dualidade está presente e assim sempre será. Ora você se dá conta de que é um forte leão, ora sente a dor e o perigo – pensamentos – como uma frágil ovelha. Nesse contexto: a ovelha pensa, o leão não pensa.

Não tente guardar essas palavras, pois, quem as guardaria? Guarde somente a clara visão d’Aquilo que você é, o leão.  Mas não faça isso com a sua mente! A mente entende que você deva, então, se comportar como um leão todo o tempo. Mas como seria isso? Você tem ideia de como isso funciona? Não! Isso não funciona.

Por isso, a única proposta é: inocência. Enquanto triste, esteja triste. Enquanto feliz, feliz. O que quer que seja que esteja acontecendo, não julgue. Compreenda que, mesmo quando o leão está berrando, ele continua sendo um leão, isso muda apenas a sua qualidade naquele momento, que é mutável. Mas o leão permanece.

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