sexta-feira, março 23

mente não sabe



Satsang invoca o seu reencontro como sendo puro silêncio, algo que ninguém consegue descrever exatamente. Na verdade, todo o nosso encontro se resume em chegarmos ao não-saber. Quando você realmente pode dizer "não sei", a transmissão foi feita.

Se você se dedicou à questão "Quem sou eu?" e ficou cara a cara com um branco, com o nada, se chegou diante de uma impossibilidade de resposta, isso não quer dizer que você esteja no caminho errado. Quer dizer que, neste ponto, você está diante de algo ininteligível para a mente.

A mente desconhece como é incapacitada de ver quem você é. Se você tem sede, dedique-se à questão "Quem sou eu?" e esteja aberto à outras possibilidades de resposta que não venham através da mente.

Satsang propõe uma simplificação inaudita, trata-se de um despojamento absoluto que nos deixa completamente desprendidos dos conceitos e ideias a respeito do mundo.

 Tagore diz:

 Aquele que aprisiona com o meu nome,

Fica gemendo nesta prisão.

Vivo ocupado em construir este muro à minha volta

e dia a dia, à medida que o muro sobe até o céu,

Vou perdendo de vista o meu verdadeiro ser.

Na escuridão da sua sombra, à sombra do muro,

orgulho-me desse alto muro e o revisto com terra e areia,

para que não se veja nenhuma rachadura neste nome.

E com os cuidados todos que tomo,

vou perdendo de vista meu verdadeiro ser.

Ou seja, mantendo-se preso à ideia daquilo que "tem que ser", você sofre. Rompendo com a imaginação, abstendo-se de julgamentos, você é liberdade. 

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