De certa forma, a Verdade o deixará solitário. Não espere que aqueles que não entendem do que estamos falando ofereçam-lhe apoio. Apenas quem acessa o mesmo, pode apoiá-lo nisso. No entanto, a sua atenção deve estar comprometida em realizar que não existe absolutamente nada que seja fundamental, a não ser olhar para dentro.
No começo parece um tanto inconcebível ou ininteligível, porque a mente não é capaz de digerir o que Satsang propõe. Mas, se chegou até aqui, existe algo em você que começa a vibrar em sintonia com este chamado.
Para seguirmos, não me interessa seu nome, idade, sexo, ou se você se tratou durante muitos anos com Psicanálise, drogas ou Yoga. Sinceramente, não me interessa! O que me interessa é apenas a sua disponibilidade em questionar uma única coisa: quem é você?
Existe a tese de que você precisa fazer algo para chegar até você. Mas você é um equívoco – a mente, o ego é um equívoco. Portanto, usar um equívoco para chegar à Verdade, não passa do maior de todos os equívocos.
Olhar para dentro não é um movimento que demande um fazer. A ideia de que seu corpo pode levá-lo ao Ser é igual à proposta de ir à lua usando patinetes. E por falar nisso, recordo do Osho comparando a busca do ser humano a um sonho. Ele dizia: "Se você sonha que foi para a lua, quando acorda, o que precisa fazer para voltar?"
Esse é exatamente o ponto. As pessoas estão sonhando e acreditam que algo precisa ser feito para sair do sonho. Enquanto, na verdade, só é necessário dar-se conta de que estão sonhando. Você só precisa acordar para o fato de que todo o conteúdo da sua mente é um sonho. Não há sequer uma ínfima parte da sua mente que possa ser salva.
A mente preza todo seu conteúdo a fim de existir, de ter poder – ela não é capaz de entender o que estou dizendo –, por isso devemos olhar com muito carinho para essa nova proposta.
Às vezes eu penso que quando nos perguntamos quem somos, nos distanciamos da verdade.
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