sexta-feira, maio 14

Especial para "O Tempo" Belo Horizonte/MG - Junho/2006

"O real não é o experimentado"


Estou diante de Satyaprem, olhos negros intensos. Como que advinhasse a complexidade do que ali seria dito, peço um café forte. E me coloco aberta para acolher palavras, apenas palavras que provocam, inquietam, estimulam e me remetem a um templo interior pouco explorado.

Naquele momento compreendo que "o real não é o experimentado". Contrariamente ao que eu supunha, eu não sou a observadora do mundo.

"Quem está vendo não é quem está observando. O observador é a consciência que é eterna, universal e una. Todos somos a mesma coisa - não coisa -, a consciência que não pode ser experimentada pelos objetos dos quais somos conscientes. O ser humano não pode experimentar a consciência porque ele é a própria consciência sonhando que é um ser humano", explica Satyaprem.

Leia a entrevista completa no www.satyaprem.com - palavras/textos

quinta-feira, maio 13

sua tristeza é inventada


Você precisa ter muito zelo com as experiências que você tem, com todo esse hábito que você tem as coisas se tornam automáticas, "inconscientes": "Eu faço assim, porque eu já fiz ontem do mesmo jeito". Zelo! Atenção! Eu observo as árvores e elas não choram porque os frutos caem de maduros, choram? Você já viu alguma árvore triste porque caíram todas as folhas no inverno? Não, não é!? Sua tristeza é inventada!

O hábito nos diz que tem de ser feita alguma coisa. A voz do Silêncio diz que nada precisa ser feito, que tudo está bem do jeito que está. Não faça nada! As coisas vão acontecer por si mesmas. Note que todos os seus movimentos na vida têm sido influenciados por algo transcendente, por algo maior que você. Note isso com atenção e veja que nada precisa ser feito. Porque a idéia de que se precisa fazer algo é uma idéia bem egóica: "eu preciso fazer algo, para depois dizer que eu fiz algo". Mas se você não faz nada, você não vai ter como dizer que fez alguma coisa... Isso é desapego - inclusive a idéia de quem faz. Dê-se conta disso e verá! "Sim! Eu não preciso fazer nada. Eu posso permanecer silencioso. E posso, porque essa é a minha natureza. Eu apenas tenho que notar! E isso não impede que eu pense". Os pensamentos irão existir...

quarta-feira, maio 12

O "Ver" se vê


A mentira se apega à descrição dos objetos observados.
A Verdade é a capacidade de "Ver".

Aquele que "Vê" nunca é transformado num objeto:
Ele permanece pura subjetividade e suspende toda sua existência na capacidade de "Ver".

O próprio "Ver" se vê.

Estamos falando de uma experiência mística, que rompe a razão.

Num nível objetivo, aquele que "Vê" não pode ser visto.
No entanto, a experiência mística nos propõe ver aquele que "Vê".

terça-feira, maio 11

A Consciência permanece


Não existe um ponto de onde você venha.
Não há um ponto de foco, de nascimento. Não há um ponto de morte.
O Ser não vem, nem vai – ele é a única coisa que permanece.
O Ser não se move, não faz barulho; é apenas observação vinda de lugar nenhum.

Chamemos de “Consciência”.

Esta Consciência é tudo o que existe, qualquer que seja a forma que Ela tome.

A forma é efêmera, a Consciência permanece.

segunda-feira, maio 10

Usted no es nada de lo que usted piensa que es


Colocaron en su cabeza que usted tenía que buscar la paz y usted creyó.
También, antes de decirle esto, le dijeron que usted no estaba en paz y usted,
de nuevo creyó.
Y usted comenzó a buscar la paz fuera de usted.

¿Hasta cuándo irá a buscar eso de esa forma?
¿Será que no está faltando algo en todo eso?

Vea si lo que está buscando no es una idea preconcebida.
Para eso, se necesita vaciar el vaso.

Sólo le queda un lugar para mirar y él comienza con la pregunta:
"¿Quién es usted?"

Usted no es nada de lo que usted piensa que es.
Cualquier idea que usted reciba, no es lo que usted es.

No importa cuán maravillosa sea la idea que usted tenga de sí mismo,
u horrenda o terrible o mediocre.

No es cuestión del adjetivo, la cuestión es del sustantivo.

Usted es indefinible.
Usted no puede ser una idea porque una idea puede ser repetida,
y usted es irrepetible.

quinta-feira, maio 6

Patricya Travassos entrevista Satyaprem, GNT

.

"... é um não-lugar e um não-tempo,
que eu ouso chamar de aqui e agora.
aqui e agora a mente não entra.
a mente precisa de um tempo para existir...."






terça-feira, maio 4

Você é Observação


Dá para remover a Consciência?
Veja! A Consciência é soberana, a mente não.
É posseivel notar que a mente não está presente em diversos momentos,
no entanto, a Consciência é presença eterna.
Esta soberania é quem você é.

Torne-se consciente disso. Namore com isso.

Neste instante, esqueça sua história pessoal e veja que você é,
simplesmente, a consciência de um corpo sentado numa cadeira.

Você é Observação.
Observação impessoal, atemporal, sem forma... simplesmente sendo.

segunda-feira, maio 3

O nome vem depois



O nome vem depois. O "notar" vem antes.
Meu convite é que você esqueça o nome e fique com o que nota.

Todos colocam nomes nos objetos, e os objetos têm vida.
Porém, eles esquecem que a vida não depende do objeto e, sim, o objeto depende da vida.
Consciência significa "vida em si". Consciência é o que anima o objeto.

Este é o mistério: eu o convido a ver algo que não pode ser visto objetivamente. No entanto, é tudo o que existe. Se você puder descartar inteligentemente tudo o que lhe disseram, está disponível, aqui e agora.

quinta-feira, abril 29

desperto, você vê!


O drama do corpo e da mente faz parte de um teatro.
Desperto, você vê que não importa para qual lado vai.
Se você se disciplina ou não, se você vai ou vem...
Qualquer coisa que você esteja fazendo, faz parte do drama -
não leva a lugar nenhum.

Aliás, você não precisa chegar a lugar nenhum.
Reconheça "quem você é".

Você é Consciência.
Não existe objeto nenhum sem Consciência
e o seu corpo é um objeto na Consciência que você é.

quarta-feira, abril 28

branca nuvem












haja o que houver
estou aqui
haja o que houver
não sou
houve o que não havia
passou


                           (nuvens não amam
                                        não odeiam
                                        não nada
                                        não sim
                                        sim tudo
                                              sim
                          nuvens não)

segunda-feira, abril 26

Qual a diferença entre acordar e ser livre?


Ser livre é uma ideia que a sua mente tem, de possibilidades no dualismo.
Acordar é saber que você não é livre - você é liberdade.
É como se eu pudesse atingir a linguagem do paradoxo e dizer que, mesmo preso, você é livre.
A liberdade não depende da situação em que você se encontra.
O compreensível às pessoas é pensar em liberdade em contraposição à prisão, mas, a liberdade essencial a todos os seres, não tem oposto.
Nada pode prendê-lo. Nada!
Aqui - posto que não há nada que possa prendê-lo -, a noção de ser livre desaparece.
Acordar é exatamente ver isso: você é livre! Não importa a situação em que se encontre.
Aquele que se encontra numa situação ou outra, não é você.
Você transcende todo esse aspecto sensorial, as aparências, aquilo que chamamos de "sonho".
Você está sonhando que é uma pessoa.
Está sonhando que está preso, assim como pode sonhar que está livre.
Mas, quando acorda, você sabe que não está livre, nem preso.
Essa é a suprema liberdade,  é a liberdade ulterior.
Não existe nenhuma relação dual com ela. Ela é transcendente e absoluta.

sexta-feira, abril 23

Regina Festa entrevista Satyaprem



[Satyaprem] Observação não é observar o que está fora, é observar o que está dentro.
Quando você observa o que está dentro, o que está fora desaparece.
A sua preocupação com os objetos externos tem uma função no nível superficial,
para acomodar a sua existência.
Mas chega um momento em que a flecha tem que se virar para dentro, completamente.
E, dentro, você não encontra nenhum objeto - porque você não encontra nenhum sujeito.
Quem cria os objetos são os sujeitos. Sem sujeito não tem objeto.
Então, os acontecimentos do mundo, aparentes, aparecem a quem?
O mundo e as coisas que acontecem, más ou boas, acontecem a quem?


[Regina Festa] A mim?


[Satyaprem] "Mim". Então, agora, seguindo o diálogo: esse "mim" não é um acontecimento,
tanto quanto os outros acontecimentos no mundo?


[Regina Festa] Nesse sentido, sim.


[Satyaprem] Então o mundo e você não são diferentes. O mundo, na verdade, é uma projeção sua.
Veja quem é você, e logo verá que não tem você. E se não tem você, eu pergunto: onde está o mundo?
Não tem mundo. Apenas tem algo que está acontecendo, mas não está acontecendo, não tem mais o mesmo sentido. Se você acorda, o mundo não é mais o mesmo que as pessoas têm.
Existe uma vitalidade intensa e incompreensível, digamos assim.
Não é necessário, em nenhum minuto, que você saiba o que está acontecendo.
Não existe em nenhum momento a descrição do que esteja acontecendo. Existe apenas Silêncio.


[Regina Festa] É o verbo.


[Satyaprem] É o verbo. Não existe absolutamente nada acontecendo. O grande barulho que ocorre, aparentemente, no mundo, ocorre exatamente porque somos chamados a responder aos acontecimentos.
Se não fôssemos chamados a responder aos acontecimentos, não haveria nenhum ruído.
Haveria um grande Silêncio dançando, se movendo de uma maneira diferente.
Na verdade, este é o chamado. A humanidade está sendo chamada para essa possibilidade.
Porque, do lado de fora, o ruído está intenso demais.

terça-feira, abril 20

butterfly


o meu dedo e a água
asas azuis
e o pulsar quase imperceptível
a máscara e o segredo pela sobrevivência

folhas são borboletas
e o inverso se encanta:
borboletas são...

asas que vêm
asas que vão

e o efeito deslumbrante
de um bater de asas no japão.
nos estados unidos
o inevitável furacão.

segunda-feira, abril 19

flores no ar


Como arrumar as flores no ar?
Você perde seu tempo tentando arrumar uma coisa que é ilusória, maya.
Você está tentando arrumar uma coisa que não existe.
Sei que é difícil entender, só quero que você acompanhe isso que estou dizendo
até ficar maduro o suficiente para que você veja quem você é.

Todos os nossos problemas, tudo o que capitalizamos como problemas
e reverenciamos como nossos, são “flores no ar”.
Dê uma olhada nesse instante.
Qual é o seu problema? Tem algum problema?
Não pense, veja!

sábado, abril 17

saque todo!


La Verdad no necesita de ninguno de sus sentidos.
Hasta este instante presente, usted tiene vivido,
sentido y experimentado el mundo a través de sus sentidos…
Saque todo de su camino, de su frente, para que usted pueda “ver”.

terça-feira, abril 13

entre o um e o dois: infinito.


a mente divide entre razão e coração. 
e parece razoável... 
mas não há divisão no ser. 
seja indivisível:
não-dois.


quando e se tudo é amor... 
o fazer será expressão, extensão desse amor.
por que não dizer? - um fazer amoroso.
faça com amor, o que quer que seja!

segunda-feira, abril 12

Um barco perdido bate, necessariamente, no paraíso

         
Tudo o que acontece tem que acontecer e, nesse sentido, nada acontece... 

Na periferia, as coisas acontecem. Elas vêm, vão, mudam de forma... inclusive você. Você era uma criança, um bebezinho, depois cresceu, ficou adolescente, depois virou uma mulher e, eventualmente, vai se tornar uma senhora. 

Tudo o que existe no corpo, na periferia, é uma mudança. Você muda de forma constantemente. No entanto, durante este processo todo, você tenta aprisionar, conter uma ideia de si. 

Dê uma olhada! Você tem falhado. Veja se você se lembra de tudo o que aconteceu? Não, tanta coisa já passou... E quando vê que o processo é como água corrente, você não tenta mais segurar a água com as mãos, você  a deixa correr. Tire as mãos da água e diga: “Estou livre desta, vá  para onde quiser”. 

Um barco perdido bate, necessariamente, no Paraíso - porque não tem nada mais que não seja o Paraíso! O que há? Oceano? Você vai sair do Oceano e cair onde? O Oceano é de onde você veio, de onde você nunca saiu. Você está sempre Aqui...

Não tem nada fora da Existência, a
não ser na sua imaginação. Não há nada fora da Consciência que você é. Você pode pensar que foi a Marte, ou que foi a princesa Isabel, mas isso não a torna a princesa Isabel. Você não é a princesa Isabel, você não é nem aquilo que está pensando que é, imagine a princesa Isabel!

Quando se dá conta que você não tem limite, não tem forma e que é tranquilo ser esse Ser que você é, porque não tem mais nada, o que pode te aterrorizar? Não tem nada fora do Ser que você é. O medo, a angústia, a ansiedade, todos esses sentimentos são periféricos, acontecem na ideia de separação. No momento em que você olha e vê que não está separado, tudo isso fica irrelevante, sem sentido. 

domingo, abril 11

boa companhia

Abra-se até a possibilidade de que você não tenha absolutamente
a percepção de onde você começa ou termina.
Estar em boa companhia, estar em Satsang
é ter a acuidade de manter isso como relevante.
Nada mais, nada menos.

sexta-feira, abril 9

Revista CLÁUDIA /Abril, 2010 /Pág. 139 /em "DOSSIÊ DA FELICIDADE"


Aqui e agora 
Em suas palestras sobre os benefícios da meditação, o guru gaúcho Satyaprem, discípulo do mestre indiano Osho desde a década de 1980, defende a ideia de que ser feliz é um projeto possível e, para realizá-lo, o caminho é muito simples: seja feliz agora.
 [Cláudia] Onde mora a felicidade?
[Satyaprem] No presente, no mergulho interior, no encontro com seu verdadeiro eu, que não pode ser confundido com os sentidos, as idéias e as emoções. Não podemos explicá-lo por palavras, mas contemplá-lo no silêncio da meditação.
 Pequeno alegrias nos levam até lá?
Não, pois as emoções são passageiras. Elas estão presas à experiência sensorial, que pode ser muito positiva, mas sempre acaba. E, quando isso acontece, pulamos para o ponto oposto da balança: sentimos falta, carência, solidão, sofrimento.
Mas, se você entra no campo de observação, se aprende a manter a mente no presente, sem se apegar demais às experiências positivas e negativas, deixa de querer controlar tudo. Vive simplesmente, sem julgar tanto o que sente. Isso evita as oscilações.
 A felicidade é quente ou fria? Com o que ela se parece?
Ao usar os sentidos para tentar decifrá-la, cada um poderá interpretá-la à sua maneira, achar que ela é de veludo azul, por exemplo. Para mim, a felicidade é perceber a dádiva de ser quem sou e estar onde estou e também que existe um milagre inerente à vida.
É só prestar atenção.

quinta-feira, abril 8

Bodhidharma não sabe quem é!


O imperador Wu, da China, foi um imperador que fez muito, construiu muitos mosteiros e trouxe muito dinheiro para a igreja budista. Ele ouviu que Bodhidharma estava vindo na direção da cidade onde ele morava. Então, arranjou um encontro com ele, chamando-o até o seu castelo. Quando encontrou Bodhidharma, disse: “Tenho dado muito dinheiro para os mosteiros, para manter as escrituras, etc. Isso me dá muito mérito?” E Bodhidharma respondeu: “Não dá mérito nenhum.” Ele tinha gastado muito, sabia que Bodhidharma era um dos patriarcas vivos e ficou enfurecido com ele. Então, perguntou: “Você sabe com quem está falando?” E Bodhidharma respondeu: “Sim”. E o imperador continuou: “Então, quem é você para me dizer uma coisa dessas?” E Bodhidharma disse: “Não tenho a menor ideia!”

Isso está escrito, é a história. “Eu não sei quem eu sou”. Tem o mesmo significado de saber que você é Aquilo que não tem forma, que não tem tamanho, que não acontece e independe do que você pensa ou deixa de pensar, do que faz ou deixa de fazer.

Nós, a mente, normalmente visitamos o mundo através do que pensamos dele. A mente vê as coisas sempre com um filtro. Damos nome a tudo: árvores, cores, animais... No entanto, tem algo que não tem nome. Quando vê isso, você não reconhece, porque não faz parte da experiência pretérita da mente, é algo sempre novo, que vive no aqui e agora.

Na realidade, isso é o que você é. É o que Bodhidharma está dizendo: “Eu não sei quem sou”. E, veja bem, não precisamos ir muito longe.  Todas as pessoas que vieram a este encontro chegaram a esta mesma conclusão: “Eu não tenho a menor ideia de quem eu sou!” É exatamente esse não-saber, o que você verdadeiramente é.

quarta-feira, abril 7

Satsang


Se você se dá conta de que não é um pensamento, todas as portas se abrem.
Se você retém a ideia de que você seja um pensamento, você permanece num círculo sem fim e continua vendo a si mesmo como o que é proposto pela sua mente. Mas a proposta da mente é limitada.
Se você se dá conta de QUEM VOCÊ É, você abandona os pensamentos e encontra a si mesmo em totalidade.
Isso não cabe na mente, nem como uma explicação, nem como uma visão.
Satsang é uma lembrança que propõe que você volte para esse "lugar" de onde nunca saiu.
É um momento de silenciamento, é um momento de romper com o conhecido.

Aqui: lugar nenhum


Um monge bateu à porta de um mosteiro. Outro monge abriu a porta e perguntou para aquele que estava chegando: “De onde você vem?” E o monge que chegava, respondeu: “Para onde você vai?” São duas perguntas: “De onde você vem?” e “Para onde você vai?”.  Eles, então, sorriram, fizeram ‘Namastê’ um para o outro e a porta foi aberta.

Qual é o sentido que isso tem para você? Qual é o sentido que isso tem para o senso comum? 

Dentro do contexto histórico de um mosteiro Zen, eu não venho de lugar nenhum e você sabe que eu venho daquele lugar de onde você também vem. Ou seja, ninguém vem, ninguém vai. Porque Aquilo que você verdadeiramente é, não vem de lugar nenhum, nem vai para lugar nenhum. 

Aquilo está sempre no mesmo lugar e, por incrível que pareça, não é um lugar, é a ausência de lugar. É um "não-lugar". 

quarta-feira, março 31

Consciência é tudo o que existe

Não existe um ponto de onde você venha.
Não há um ponto de foco, de nascimento.
Não tem um ponto de morte.
O Ser não vem, nem vai – ele é a única coisa que permanece.
O Ser não se move, não faz barulho;
o Ser é apenas observação vinda de lugar nenhum.
Chamemos de “Consciência”.
Essa Consciência é tudo o que existe.
Qualquer que seja a forma que essa Consciência tome, é ela.
A forma é efêmera,
a Consciência permanece.

segunda-feira, março 29


descubra que en el presente hay una vitalidad muy hermosa,



que no está contenida en el cuerpo pero también está en el cuerpo y tiene un sabor silencioso.


es muy silencioso, muy simple, muy amoroso estar en el ahora y no tiene nada que ver con la mente.


la mente está siempre metida en el pasado o en el futuro.


pero, si tú la observas con cariño, vas a ver que la mente no está en el ahora.


a la mente no le gusta el ahora, quiere estar en el pasado o en el futuro.


en el ahora queda la mente silenciosa.


no hay necesidad de pensar para estar ahora.

sexta-feira, março 26

silencio só


ouve.

num ponto sei lá
lá dentro

há só silêncio
ou todos os sons 

são indistintos
um só.

quinta-feira, março 25


    
um poema brando
            para um forte fogo
 
 
 
        o fogo lento.
                            (a forma fenixinza-se)
        por debaixo dos olhos
        outros olhos avisam.
        sobre o poema: o fogo   
        sobre a vida: o suspirar da vela
                            e a lágrima de cêra.
        se eu soubesse.
        e eu sabia.
        (permita-me poesia)
        ah! o inevitável das coisas acontecidas.
      
                               pa  |  1983

quarta-feira, março 24

¿como parar la mente?

es muy simple... la mente de verdad es una entidad que no tiene sustancia, es ruidosa porque esta metida en algo muy interesante, tiene una obsesión, está encantada con las cosas, con las experiencias, con lo que pasa, si uno se da cuenta de eso hay una forma muy fácil para el parar de la mente, que es no mirar a la mente demasiado, no creer a la mente demasiado, entonces la mente siempre está en un cuento, PARAR la mente significa no darle energía a los cuentos de la mente, la mente dice ayer pasó esto pasó eso y tal y empieza a hablar con todos los amigos y consigo misma, y si uno se da cuenta de eso puede, al revés, no darle energía a la mente y no hablar de eso, quedarse quietito dejar esto pasar, es como darse cuenta que el pasado ya no está…

no interesa más, sólo el presente, entonces tú vas a descubrir que en el presente hay una energía una vitalidad muy hermosa que está en el cuerpo muy fuerte , que no está contenida en el cuerpo pero está en el cuerpo y eso tiene un contenido, tiene un sabor silencioso, es muy silencioso, muy simple muy amoroso estar en el ahora y no tiene nada que ver con la mente, la mente está siempre metida en el pasado o en el futuro, pero la mente si tú la observas con cariño vas a ver que la mente no está en el ahora, a la mente no le gusta el ahora, quiere estar en el pasado o en el futuro, eso lo adora, en el ahora queda la mente silenciosa, no hay necesidad de pensar para estar ahora.

terça-feira, março 23

além das palavras


Existe no fato da transmissão, na revelação, a dissolução do criado.
Aquele que eu sou, revela para mim mesmo,
que aquele que eu pensava que eu era, não é quem eu sou.
 Então, quem eu sou?
Estamos além das palavras.

terça-feira, março 16


Originalize. 
Ninguém tem que concordar, ninguém! 
Qualquer tentativa de organizar externamente um equilíbrio, 
ou qualquer outra coisa, e você está perdendo o rumo. 
Tem que amanhecer em você que 
estar aqui é tudo que você tem.

segunda-feira, março 15



No existe nada que pueda hacer para tornarse usted, simplemente 
porque usted ya es.
Perciba que su atención es silenciosa y sin contenido.
No use nada.
Déjese ser usado.
Quede en silencio.
O mejor, sea Silencio!
Y verá  que la vida parece fluir en usted…
así como un barco dentro de un río.
Ponga un barco dentro de un río
y no haga nada con el barco.
El se moverá con el río…
Eso es entrega.
Toda la experiencia lo remite
a la posibilidad de descubrir
la llave que abre ese portal.
Cuando nota eso,
usted comienza a deleitar
la maravilla que la vida es.
El río le llevará al océano
quiera usted, o no quiera.

domingo, março 14


milhares de truques foram propostos.
só que, uma hora, todos esses truques
têm que ser removidos.
você tem que ser deixado nu,
com uma única possibilidade:
confronte a ideia que você tem de si mesmo
e veja se essa ideia subsiste
no silêncio do agora.
este é o meu convite!

sábado, março 13



comeu seu arroz? 

sim. 

vá lavar seu prato. 

sim. 

e agora? 

agora, mede o agora pra mim. 

não tem fim. 

não. 

agora fica assim. 

sim.


sexta-feira, março 12



pra quê carregar tanta coisa? 

poesia é ser vazio para o pássaro passar em paz... 

céu desocupado.

quinta-feira, março 11

você é o buda!












saber categoricamente, profundamente, existencialmente, no cerne de todo o seu ser, que não tem  absolutamente mais nada a não ser aqui e agora, é estar acordado. isso é um fato!



a mente olha para dentro dela mesma para achar razões para provar que você não é o buda.
por isso, ela não pode olhar para dentro dela e achar razões para provar que você é o buda.



o buda é quando a mente para de tentar provar que você não é o buda.
ela reconhece o revelado e se aquieta.


Satyaprem
in "Fragmentos de Transparência"
.
www.satyaprem.com

terça-feira, março 9

silêncio e toyo





















Toyo era um menino. Ele chegou ao mestre, bateu o gongo e o mestre apareceu. Olhou para ele, e disse: "Toyo, revela para mim o som de duas mãos".  Toyo bateu palmas com as duas mãos. "Muito bem, Toyo" – disse o mestre. "Agora, revela pra mim o som de uma só mão". Toyo, então, bateu o gongo com uma só mão. E o mestre disse: "Não está certo, Toyo". Toyo ficou meditando a respeito. No outro dia, veio com a resposta. Novamente, o mestre olhou pra ele e disse: "Não está certo". E lá se foi o Toyo... e os dias foram passando. A cada dia, Toyo elaborava uma resposta. Ele foi elaborando todas as respostas que cabiam dentro da mente dele. Até que, um dia, ele não tinha mais resposta nenhuma. Nesse dia, ele chegou para o mestre, que, antes mesmo dele falar, disse: "Não está certo, Toyo." Toyo, então, desistiu completamente. Quando desistiu completamente de ter a resposta, ou de não ter a resposta, ele entrou no Silêncio. O Silêncio que transcende a forma, o negar, o fazer ou não fazer vista-grossa. A realização, pura e simples, d'Aquilo que É. Não importa se você vê, ou não. Se lembra, ou não. Aquilo É e mais nada é. Toyo não existe. Nessa rendição, Toyo se prostrou ao mestre. E o mestre disse: "Agora você encontrou o som de uma só mão".

www.satyaprem.com

sábado, julho 14

você é uma não experiência!





Essa história de acúmulo de experiências é uma história completamente mal contada. As experiências estão sendo acumuladas por quem, exatamente? Esse que supostamente está acumulando experiências é nebuloso, você nem tem certeza se ele existe!
Porém, num mundo regido pelo acúmulo de experiências e ideias de evolução e progresso, dizer que acumulando experiências você não vai chegar a lugar nenhum, é absolutamente impossível.

Mas é exatamente isso o que eu tenho para dizer.
Sente-se embaixo de uma árvore e espere a "iluminação" chegar. Ela chegará. Se é que você tem alguma coisa a fazer é: sente embaixo da árvore. Veja! Entenda! Isso é metafórico. Mexa-se! Mas compreenda o que significa este "STOP!"


Satyaprem

Satsang em Sampa

Março.2007
.
.

terça-feira, março 27

seja o SILÊNCIO!



As pessoas querem ser felizes. Mas, aqui, no meu "pequeno mundo", faço um apelo: ao invés de ser feliz, seja silencioso. Seja o Silêncio! Para que você seja o Silêncio, não é necessário comprar nenhum produto externo a você.

Aos que buscam a felicidade, existe um Toyota, uma casa na praia, uma mulher "daquelas", que eles mostram na televisão e que são sempre dos outros. Na verdade, elas são sempre da televisão, nunca são possíveis... 

Porém, ser silencioso não demanda nenhum produto externo a você. Apenas uma compreensão é necessária, um "ver". Em suma, ser silencioso depende apenas de você e de ninguém mais.  É por isso que é banalizado; não serve para ser comercializado. Talvez seja por isso que não há nenhum apelo na televisão que diga: “Neste ano, seja silencioso! Desligue a televisão, desligue o sistema de som, desligue o carro e olhe para o céu estrelado...” – porque, imagina se a multidão obedece, vai que a multidão se dá conta... o que aconteceria?

Então, o meu desejo para 2007 é: seja silencioso. Ou melhor, seja VOCÊ mesmo. Não se confunda com o visto. Desvista-se da confusão. Desvista-se do confundido. Desvista-se do visto. Note que, neste momento de ser quem você é – silencioso –, todas as tensões em relação ao futuro  e ao passado desaparecem. Note que há algo essencial em você, que está totalmente tranquilo com o que vai acontecer, porque existe uma sapiência, uma sabedoria totalmente evidente e intuitiva.

AGORA nada acontece. AGORA só tem Silêncio. Veja! Nesse momento, é como se o Silêncio falasse para ele mesmo. Se você está olhando para dentro – e esse é o meu apelo – ,  note como é tranquilo ser você mesmo.

O que você precisa AGORA? O que pode ser tirado de você, AGORA?  Se isso foi compreendido, a semente está posta. Há algo mais do que a sua mente conhece. Isso é suficiente. Veja! E, então, a semente estará plantada.

Que esse ano que está vindo seja pleno de SILÊNCIO.



Satyaprem
27/12/2006
Tathata – aquilo que é
(último satsang de 2006, leelahouse / porto alegre)
.

sexta-feira, janeiro 12

livre arbítrio?




(...)
você entra num barco com 20 pessoas.
nesse barco, em cada assento tem um timão.
e cada pessoa está dirigindo o barco.
e tudo está indo certo...
o barco vai descendo o rio... e todos seguem dirigindo.
de repente tem uma curva para a direita
e todos se movem para a direita.
e o barco segue...
e cada uma das pessoas vai tendo aquela sensação interna
de poder, de controle, de determinação, de direcionamento...
(enfim! vocês sabem do que estou falando...)
então, o barco vai para a esquerda, e todos viram para a esquerda...
e aquela sensação de realização só cresce.
até que, de repente, 20 curvas para baixo, tem uma bifurcação.
e todos ficam naquele impasse.
daí, você e mais meia dúzia de pessoas põem para a direita o seu timão,
mas o barco vai para a esquerda.
e você fica ali, sentado, numa grande crise existencial,
porque você fez tudo certo, tudo vinha dando certo lá em cima,
e agora você chega nessa bifurcação, faz o movimento para onde você queria e o barco não obedece.
você não se dá conta de que aquele troço que você estava segurando, não dirige ABSOLUTAMENTE NADA.

(participante) - isso me faz lembrar aqueles carrinhos do parque de diversão.

mas é um parque de diversão. era isso o que eu queria dizer. é exatamente isso! nós estamos num parque de diversão.
paga-se, mas não se tem controle de onde vai dar o negócio...

o timão em suas mãos está solto. ele não está ligado a coisa nenhuma. ele está ligado somente a você.
e é uma idéia que você tenha controle sobre ele e sobre o movimento do barco.


"você acredita em todo tipo de merda, e ram tzu sabe disso: 'quando deus quer que você faça algo, você acredita que é a sua própria idéia".




SATYAPREM
início do retiro da primavera_novembro/2006



www.satyaprem.com


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segunda-feira, junho 26

colapso


"Satsang é o colapso do imaginado
e o aparecimento do que é real.
Isso nós chamamos de acordar."




Satyaprem
Satsang Intensivo - São Paulo/SP - 17/03/06

segunda-feira, março 13

dentro




Meditação não é uma técnica ou algo a ser feito,
é algo inerente, que está dentro de você.
Basta olhar para dentro.
Satyaprem



segunda-feira, janeiro 16

um iluminado é um anti-herói


Parece árduo e impossível conviver com alguém acordado,
porque essa convivência vai acabar com você.
À priori todos os seus sonhos estão fora de órbita,
pois o Mestre quer que você fique vazio, ele quer que você não pense.
Quando você habita isso, o que sua mente quer?
O que resta para sua mente querer?
Imaginar que quando você 'acordar' você vai ser carregado num carro de bombeiros,
em todas as capitais brasileiras e que as pessoas irão atirar flores em você,
é sinal de que você não entendeu alguma coisa.
Esses são os que alimentam o sono de todo mundo, os nossos heróis.
Um iluminado não é um herói, é um anti-herói.
Satyaprem