O imperador Wu, da China, foi um imperador que fez muito, construiu muitos mosteiros e trouxe muito dinheiro para a igreja budista. Ele ouviu que Bodhidharma estava vindo na direção da cidade onde ele morava. Então, arranjou um encontro com ele, chamando-o até o seu castelo. Quando encontrou Bodhidharma, disse: “Tenho dado muito dinheiro para os mosteiros, para manter as escrituras, etc. Isso me dá muito mérito?” E Bodhidharma respondeu: “Não dá mérito nenhum.” Ele tinha gastado muito, sabia que Bodhidharma era um dos patriarcas vivos e ficou enfurecido com ele. Então, perguntou: “Você sabe com quem está falando?” E Bodhidharma respondeu: “Sim”. E o imperador continuou: “Então, quem é você para me dizer uma coisa dessas?” E Bodhidharma disse: “Não tenho a menor ideia!”
Isso está escrito, é a história. “Eu não sei quem eu sou”. Tem o mesmo significado de saber que você é Aquilo que não tem forma, que não tem tamanho, que não acontece e independe do que você pensa ou deixa de pensar, do que faz ou deixa de fazer.
Nós, a mente, normalmente visitamos o mundo através do que pensamos dele. A mente vê as coisas sempre com um filtro. Damos nome a tudo: árvores, cores, animais... No entanto, tem algo que não tem nome. Quando vê isso, você não reconhece, porque não faz parte da experiência pretérita da mente, é algo sempre novo, que vive no aqui e agora.
Na realidade, isso é o que você é. É o que Bodhidharma está dizendo: “Eu não sei quem sou”. E, veja bem, não precisamos ir muito longe. Todas as pessoas que vieram a este encontro chegaram a esta mesma conclusão: “Eu não tenho a menor ideia de quem eu sou!” É exatamente esse não-saber, o que você verdadeiramente é.
A mente tem todas as idéias possíveis de quem sou.
ResponderExcluirSou isso
Sou aquilo
Sou iluminado
Sou neurótico
Que sou o corpo
Sou a mente
Sou um merda
Sou o máximo
Sou homem
Sou mulher
Que sou o que sou...
Ah!
Mal sabe ela
Que está falando de si mesma!