terça-feira, agosto 31
Desaloje! Retire-se de si mesmo!
Não existe nada que o mantenha distante da realização da sua inerente,
permanente e presente liberdade, exceto, a imaginação de que alguém ou algo,
esteja mantendo você longe disso.
Apenas a sua imaginação o impede de estar completamente
presente com aquilo que você é.
Investigue o imaginado que parece real ou, simplesmente, jogue-o fora!
Desaloje! Retire-se de si mesmo, em qualquer medida.
Quem quer que seja que você pense que é, dadas as circunstâncias do passado, suspenda. Eu reforço esse convite todos os dias:
suspenda qualquer ideia e permaneça olhando para Aquilo que é inerentemente você.
Experimente comprar o bilhete só de ida, e não volte mais.
Você sempre compra o bilhete de ida e volta - não sei se já notou -,
o bilhete não pode ser só de ida. Mas aqui, em Satsang,
o convite é exatamente esse:
suporte a possibilidade de comprar um bilhete só de ida.
Se você pudesse aceitar isso...
Mas a grande piada é que nem mesmo o timão da aceitação está nas nossas mãos.
Você decide aceitar e no próximo momento está tudo revirado de novo.
Então, ao menos contemple, essa é a brincadeira, é um grande parque de diversões.
O convite da suspensão tem que ser bem entendido.
Se você desaloja, suspende, vê que a única coisa que o mantém em agonia
é a história. Você deve gostar muito de história.
Você está sempre renovando as histórias,
contando-as, conversando sobre elas com seus amigos.
A história renova a sensação de estar perpendicular ao fluir da vida,
e você não consegue entrar.
Trata-se de um comentário infinito baseado em nada!
Uma vez que se dê conta do inerente, você vê que a Verdade sempre esteve presente
e a vida sempre foi isso. Às vezes apareceu distorcido, torto, feio, ignorante,
mas mesmo assim tinha a ver com a Verdade.
Esse é o nascimento divino que está em todas as coisas e em todos.
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