Tem algo que eu gostaria de deixar extremamente claro, vejamos se você me acompanha. Não importa se você está pensando a respeito do passado ou do futuro: você está aqui e agora, não tem a menor chance de estar em algum outro lugar.
O mal-entendido está na ideia de que quando você pensa no passado, vai para o passado – mas a verdade é que você não vai a lugar nenhum. Você só pensa que vai, mas não vai. Tudo acontece aqui e agora. Todos os pensamentos, todos os sentimentos, tudo, absolutamente tudo acontece aqui e agora. Não importa o que você faça, você não consegue sair do aqui e agora.
Pense que você está em Nova Iorque e veja o que acontece. A mente entra num passeio de imagens em ação – imaginação – e você permanece como observador deste acontecimento. Veja! Experimente isso. Pense em qualquer coisa e veja se você vai a algum lugar.
Não se preocupe com o que a mente quer fazer com isso – apenas tente compreender. Os conceitos trazidos e elaborados em Satsang visam o esclarecimento. Aqui, a mente deve ser sua amiga – há algo a ser compreendido e é somente ela que precisa de luz. O Ser já é luz, não há nada que ele precise saber, Ele é o mais profundo Saber, Ele é o Saber inerente. É a mente que precisa avaliar certos conceitos, clareá-los e compreendê-los de forma correta.
A “forma correta” pede que você olhe para dentro e isso não passa pelos sentidos. A completude não pode ser percebida com os sentidos, com os sentidos você só percebe fragmentos. O “aqui” não tem tamanho, o “agora” é infinito, já os sentidos estão sempre surgindo e desaparecendo, indo e vindo.
Portanto, de uma vez por todas, compreenda: você não pode compreender o Ser através dos sentidos. Esteja ciente disso e, ao invés de comprometer-se com o perecível, entregue-se à magnitude daquilo que não tem começo nem fim.
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