Trago uma pergunta que não quer calar... Se você está aqui, suponho que o seu interesse seja descobrir quem você é. A minha pergunta, portanto, é: Você já tem uma resposta?
Participante – Sim
Qual é a sua resposta?
Participante – Não consigo chegar a nenhuma conclusão.
É exatamente neste ponto que o impacto da pergunta acontece. Você está aqui para se dar conta disso: não é possível chegar a uma “conclusão” a respeito de quem você é.
Primeiramente, perceba que não há nenhuma necessidade de conclusão. Conclusões apontam para um relacionamento conceitual dentro da mente. Quando você conclui o que quer que seja, esteja certo de que isso está ocorrendo dentro da mente. Assim, você aprisiona um conteúdo que estará disponível, dentro de uma gaveta, devidamente empacotado, à espera do momento em que a gaveta seja acionada.
Ou seja, usualmente, se alguém pergunta quem é você, você recorre a uma memória para responder. No entanto, quem você é não pertence a uma lembrança, não cabe numa memória. Quem você é só pode ser visto aqui e agora, livre de qualquer relação com o tempo ou o espaço.
A pergunta “quem é você” aponta para um outro nível de resposta. Na verdade, não há uma resposta acessível aos sentidos, quando a resposta aparece não tem “você” respondendo. Portanto, quem poderia concluir alguma coisa?
Não se engane: a mente conclui que você é uma pessoa – alegre, triste, boa, má, rica, pobre... – e isso não o satisfez até hoje. É, inclusive, por isso que você está em busca da derradeira resposta. Não desista! Vamos em frente! Recorra a tudo o que conversamos até aqui e diga-me: Quem é você?
Uma coisa eu sei:- ainda vou ser muitos.
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