Você pergunta: “Por que me envolvo ainda nas pernósticas arapucas propostas pelo ego?” E a resposta é muito simples. Primeiro encontre quem é esse “eu” que se envolve nas arapucas e logo saberá a razão das arapucas do ego serem tão apetecíveis.
Veja: é tenebroso para esse tal de “ego” frequentar ou até mesmo conhecer um estado não problemático de ser, um estado sem perguntas, um estado sem respostas, um estado silencioso de ser, um estado de "ser ninguém" de ser.
Sua atenção foi condicionada a ter como centro este pequeno ponto a quem coisas acontecem, desacontecem, deveriam acontecer ou não deveriam estar acontecendo. Nunca está em pauta o esquecimento. Não faz parte da nossa cultura, de nenhuma maneira, desfocar do pequeno-eu.
Se você se torna um pouco cruel com o seu ego, se você não o oferece a um ambiente de confiança, ele desaparece, ele perde a sua aparente consistência. Só existem, necessariamente, duas alternativas: ou você se submete ao conto da mente, em relação a este objeto chamado ego no tempo, ou você dirige a sua inteligência para dentro do agora, do silêncio.
Mas eu ouço a sua mente retrucar: “Eu não posso viver assim”. Sim, ela não pode viver assim. Porque se você entrar no silêncio do agora, se você aceita o convite do silêncio como realidade, a mente vai se mudando, pouco a pouco, para o seu ambiente funcional. Este é o ambiente da dissolução do ego. E nesse ambiente há um viver sem sujeito – no sentido mais objetivo da palavra. Agora, apenas há a vida, sendo, impessoal.
Um exercício muito difícil, esse com o ego...
ResponderExcluirexiste de sua parte uma excelente condução para um propósito...
ResponderExcluirnão saberia dizer se é intencional,fica para nós leitores...
mas é um grande serviço a sabedoria que expõe por aqui!
Quando a vida se torna impessoal, como é percebido os sentimentos? como uma experiência do ego, um falso eu em vivência? e a consciência testemunha? os sentimentos continuam eles então, mas como uma brincadeira, um teatro dentro do agora?
ResponderExcluirMeu ego busca a meditação para encarar o agora e ao mesmo tempo fugir dele, mas ele não consegue, porque o agora aparece mais e mais vivo, por mais imóvel dentro do silêncio interior.
Meu ego tem medo de viver e de morrer.
A mente não decide nem se vive ou morre, como pode ser eu? Obrigado pela confusão e pelos textos.
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