quarta-feira, janeiro 5

amanhã é ontem, agora.









festa de reveillOM
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Uma criança perguntou para sua mãe: "Quando é amanhã?" A mãe respondeu: "Hoje você vai dormir e quando você acordar, será amanhã". Então, o menino dormiu, acordou, voltou-se para sua mãe e disse: "Hoje é amanhã?" E a mãe teve a mesma reposta a respeito de quando seria o amanhã. E a criança, sempre que acordava, seguia com a mesma questão. E o amanhã nunca chegou. É por essas e outras, costumam dizer que a criança está sempre agora e os adultos no tempo, no ontem ou no amanhã.


O "amanhã" é uma concepção. É preciso examinar e ver que não há a possibilidade de estar em algum outro "momento" que não seja agora. E que, por isso, você não deve se preocupar a respeito de como será o amanhã.

Aquilo para onde Satsang está apontando, é eterno. O que está em ocorrência, dentro da eternidade, é temporário. Por exemplo, você vê quem você é e disso decorre uma sensação e a maioria das pessoas se apega à sensação. Mas quem você é, não é uma sensação. Não é acessível aos sentidos, tampouco. A sensação está proxima. É como um reflexo. E realmente, quase dá para se confundir, porque é algo extraordinário. Mas a sensação é mais uma sensação, como outras sensações.

Você está atrás de sensações ou em busca de si mesmo? Você não é uma sensação, você não é um pensamento, você não é um sentimento, você não é uma imagem, você não é um objeto, você não é palpável. Você é onde todas as coisas palpáveis acontecem. E mesmo que você não esteja sentindo bem estar ou êxtase, você continua sendo você.

Veja como pode digerir isso, senão continuará em busca de uma sensação. E para cada buscador de sensações, tem um fornecedor de sensações. E isso não termina... Você tem que compreender que qualquer sensação é um evento no tempo, como todos os eventos no tempo. Uma sensação nasce e morre, acontece e desacontece.

Uma onda no oceano é um evento no tempo, ela aparece e desaparece. Mas o oceano não é um evento no tempo. Se o mar está com ondas ou não, ele continua sendo o mar. Se as ondas estão grandes, pequenas ou  tsunâmicas, ele continua sendo o oceano.

Quem se preocupa com a sensação, com a qualidade da onda, é a própria onda. Ela decide ficar aqui ou ali, assim ou assado, mas no momento em que está decidindo isso ou aquilo, ela está caindo, la linha do tempo, rumo ao seu desaparecimento.

Portanto, a minha sugestão é,  não tenta ficar em estado nenhum. Não foque nas sensações. Ouça a proposta absurda da sua mente e fique muito atento. Acorde! E as melhores sensações virão ao seu encontro. É puro deleite! Aliás, sempre foi assim. Só que agora você pode ver.

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