terça-feira, setembro 13

no silencio não há você, sorria!



Suponho que você esteja querendo saber quem você é. Eu já disse várias vezes e repetirei quantas forem necessárias: você já é aquilo que você está querendo encontrar. Você já é você! Entenda o quanto puder. No entanto, precisam ser encontrados esses dois pontinhos. A sua existência separada precisa reconhecer de onde ela vem, quem é ela em si.

Se ocorre o reconhecimento, fica nítido, mais cedo ou mais tarde, que é possível olhar para o mundo e para todas as coisas que estão acontecendo, sem perguntas. De repente, é como se houvesse um “desmanchar-se” naquilo que é, naquilo que está posto.

Essa aceitação, essa inclusão de tudo aquilo que acontece, só pode ocorrer quando você vê o que está sendo apontado em Satsang. Nem mesmo através dos processos mais incríveis, ou das técnicas mais interessantes que você já possa ter experimentado, é possível obter essa realização. Porque, naquele momento de imenso silêncio experimentado durante ou após uma meditação, por exemplo, é muito comum que haja a seguinte conclusão: “agora estou em silêncio”. Mas, desmembrando essa afirmação, chegamos a um “alguém” que está em silêncio. Enquanto que o Silêncio está, quando “você” não está.

O silêncio experimentado por “alguém” é um estado, condicional e temporário. Se daqui a dois dias você não estiver em silêncio, tudo aquilo que você estava registrando como sendo você, não é mais.

Recordo um diálogo que tive outro dia com alguém, pela internet. Uma pessoa me perguntou:
– Eu sou feliz, e você?
Ao que respondi:
– Feliz é dualidade.
Ela, insistindo na conversa, tornou a escrever:
– Sou feliz até quando estou triste.
Eu, insistindo na clareza:
– Quando triste, triste. Quando feliz, feliz.
E ela, finalizando, disse:
– Perfeito. Quando triste, triste. Quando feliz, feliz.
Seguido de um emoticon sorriso.

Dê-se conta do temporário e absolva-se da maldição de ser “alguém”. Você não é alegre nem triste. Descubra o que é que está por trás de todas as coisas e simplesmente seja Aquilo que É.

Um comentário: