quarta-feira, janeiro 30
a vida, sendo, impessoal
segunda-feira, janeiro 28
super-poderes e a iluminação do ego
sexta-feira, janeiro 25
não-coisa, o indefinível tao
quinta-feira, janeiro 24
o milagre de olhar para dentro
quarta-feira, janeiro 23
a dança em torno da rosa ou a satisfação, o luxo e a necessidade
sexta-feira, janeiro 18
na luz, a luz
sábado, janeiro 5
no centro, você é o outro
As pessoas vivem por setenta anos, ou por muitas vidas, sem saber o que é a vida. Eles não se tornam maduros, integrados, centrados. Permanecem na periferia. No entanto, todo o seu prejuízo está na periferia, onde você permanece teimosamente. E, de uma maneira esquizofrênica, você quer que a periferia mude e ela insiste em não mudar. É uma loucura! E a confusão permanece porque você não investiga: quem é a periferia? É você mesmo. Você pratica a periferia.
Agora, se você olha para dentro, imediatamente, é notável que o dentro não está interessado na periferia de maneira alguma. Não existe nenhuma intenção interna de mudar o periférico. É como se o periférico caísse numa categoria totalmente insubstancial para Aquilo que está dentro. Torna-se desinteressante.
Se a sua periferia encontra com a periferia do outro, um conflito acontece. E a tendência é que, considerando o conflito como responsabilidade do outro, você permanece na periferia. Dando-se conta de que você é responsável pelo mundo a sua volta, o que quer que seja que aconteça, você é a causa. E essa é a única maneira de mudar-se da periferia para dentro. No fim, você só pode reclamar de si mesmo. E isso facilita muitas coisas. Porque não dá pra esperar do outro o seu bem estar.
Um homem chegou ao psiquiatra e disse: "Doutor, estou tendo incríveis questionamentos. Estou ouvindo vozes me perguntando coisas". Ao que o médico respondeu: "Até aí está tudo bem, isso acontece com todo mundo. Se você começar a respondê-las, aí sim, volte aqui que eu posso te ajudar".
Somente quando você se dá conta de ser o criador da sua miséria, é que se torna possível não continuar criando. Veja qual a fonte do mal estar e qual a fonte do bem estar e perceba qual delas você tem alimentado.
sexta-feira, janeiro 4
alegria inerente, infinitas possibilidades
Você se queixa de pensar repetidamente as bobagens que te causam sofrimento, sem se ocupar em acender a luz. O corpo-mente é um instrumento. Um instrumento de cheirar, provar, tocar, ver, ouvir e pensar coisas bacanas – não de pensar as bobagens que você, estando com a luz apagada, vem pensando.
Insistentemente, você tem acessado a velha programação. Geralmente são inúmeras as alternativas, mas com a luz apagada você não as vê. Acenda a luz e veja surgirem infinitas possibilidades. De repente, você passa a pensar e agir de maneira diferente, diante de circunstâncias aparentemente conhecidas. Nada se repete. Aliás, com a luz acesa, você tem até a possibilidade de não pensar nada. Pensar para quê? Só gasta, desgasta e não o leva a lugar nenhum. Veja como é simples. Experimente!
Diante da luz, os problemas não existem. Os problemas só existem no escuro. Com a luz acesa eles somem. Nesse instante, pare por um segundo e note: qual o pensamento que está ocorrendo agora? Dê-se conta da observação impessoal, totalmente desconectada de qualquer evento ou necessidade. Tem uma alegria inerente. Satisfação emerge dessa observação. Você é completo em si.
E chega o momento em que essa luz não se apaga mais. Hoje, talvez, você exerça um certo esforço para acender a luz. Mas, insistindo, enamorando-se pela beleza revelada sob a luz acesa, se tornará difícil – muito difícil – o apagar da luz. Não há mais escuridão. Nada está faltando. Agora você Vê e essa visão faz com que você se mova com tranquilidade.