quinta-feira, abril 25
a resposta não é uma resposta
terça-feira, abril 23
o fim da história do personagem inexistente
sexta-feira, abril 19
na sombra, luz
Osho diz: "Eu não estou aqui para ajudar os seus preconceitos, eu não estou aqui para ajudar as suas tradições, os seus condicionamentos. Meu trabalho consiste em demolir você completamente, porque somente quando você é totalmente demolido nasce um novo".
Quem é esse você que precisa ser demolido? Estamos falando desse eu que você pensa que é, mas que não é você. Você pensa ser algo, mas antes desse pensar, antes de qualquer ideia, antes mesmo do seu nascimento, qual era a sua face?
Ao contrário do que muitos pensam, estar diante dessa revelação não remove a sua responsabilidade a respeito de estar no mundo. Você se move no mundo, o que você vai fazer não o redime de nada. Você vai ter de lidar com as dores, com as alegrias, com os ups e com os downs que a vida oferece.
De nenhuma maneira Meditação vem a ser uma saída, uma fuga. Não fuja da vida, encare-a. Entre intensamente nisso que chamamos "vida" e faça o que precisa ser feito, o que quer que seja, o papel que lhe couber. Afinal você e a vida sāo uma e a mesma coisa. Entregue-se!
quinta-feira, abril 18
o oculto expresso: você é isso!
quarta-feira, abril 17
o mesmo agora, diferente, sempre
Chega um ponto em que você precisa parar de mentalmente construir objetos e desenvolver relações com os mesmos. Grande parte da sua atenção, da sua energia, está voltada às relações com os objetos. A mente está o tempo todo lidando com isso, esse, aquilo, aquele… Tudo o que ocorre à lente dos sentidos.
Viver a Consciência que você é, ser você, é ver que os objetos e, consequentemente, as relações são ilusórias. Tudo aquilo que você (pensa que) sabe não passa de flores no ar.
Eu aponto para qualquer objeto nessa sala e pergunto "O que é isso?" e a mente imediatamente tem um nome, uma história e uma relação desenvolvida para com este objeto. "Isso é uma cadeira. Esta cadeira é branca. Herdei uma cadeira igual a esta da minha bisavó e tenho muito apreço por ela". E, logo, a cadeira te leva à tua bisavó, que te leva a mais mil histórias…
Lá se foi mais uma chance de penetrar no mistério do agora, no não-saber. Já pensou como seria o mundo se você pudesse olhar para tudo ao seu redor, sempre, como se fosse a primeira vez? Porque assim o é, mas o condicionamento da mente nos rouba essa realização.
Suspenda o impulso de "saber" a respeito das coisas e relacionar-se com tudo através desse falso-saber. Isso abre um imenso espaço entre você e aquilo que você percebe – e esse espaço promove enorme descanso. Esse espaço deve ser aplicado, inclusive, em relação a este objeto "corpo" que é considerado pela sua mente como sendo você.
Esteja atento às relações propostas entre qualquer objeto – inclusive o corpo e a mente – e aquilo que percebe os objetos. Aquilo que percebe tem por habilidade apenas o testemunhar, sem nenhuma necessidade de envolvimento. Aquilo que percebe está antes do nome, antes da forma, antes da memória e além de qualquer história que possa ser contada.
sexta-feira, abril 12
o milagre de estar aqui
quinta-feira, abril 11
sem o drama, cadê o palhaço?
quarta-feira, abril 10
a quietude e a inteligência
É na quietude que as coisa acontecem, é na quietude que você fica inteligente. É na quietude que você sabe o que fazer. E como tem muito pouco a ser feito, fica difícil errar. Na quietude você sempre faz o movimento correto.
Um problema vem e te assombra, o que você faz? Se você fica quieto, se você nem mesmo o espera passar, se você nem mesmo se ocupa com isso, o problema some. A quietude, a Presença não oferece um ambiente adequado à evolução dos problemas. Eles simplesmente não sobrevivem. Nada fica.
Que o corpo e a mente tenham preferências, isso é indiscutível – aliás, deixe-os ter. Isso não tem a ver com você. Inclusive as preferências são flexíveis, elas não causam sofrimento.
Isso me lembra uma historinha...
Mariazinha foi convidada para jantar na casa do Joãozinho. A mãe do Joãozinho, preocupada em agradar a convidada, no ato do convite, pergunta se ela gosta de brócolis. Mariazinha, prontamente, afirma gostar do vegetal. À mesa, a mãe do Joãozinho, feliz em oferecer um belo prato de brócolis, serve uma porção à Mariazinha e é surpreendida com uma recusa da menina.
– Não, obrigado!
– Mas, Mariazinha, você disse que gostava de brócolis.
– Sim, eu disse, mas não o suficiente para comê-los.
Não há sofrimento. Se você prefere comer brócolis, coma. Se não prefere, não coma. Mas não faça disso um problema nem para você nem para ninguém. Tenha o simples sempre em pauta. Se não come brócolis, coma outra coisa – "simples-mente".
E seja criativo! Há inteligência disponível. Se você aprecia subir montanhas e não tem condições para isso, faça um morrinho no seu quintal e "viaje" nisso. Não crie problemas. É tudo imaginação! Imagine-se no Himalaia de uma vez! Ofereça å sua mente aquilo que a deixe quieta. Quer seja um livro, um filme, uma corrida em volta da praça. Isso pode ajudar, pode fazer com que sua mente não crie tantos empecilhos acerca da quietude fazer parte da sua vida.
terça-feira, abril 9
observar: a diáfana realidade do absoluto
Um dos pontos que sublinho no encontro que chamo de Experiência Zero é a eternidade da observação, o fato dela não ser perdida sob hipótese alguma. Você já se deu conta disso? Experimente agora: pare de observar e descreva o que ocorreu.
Participante – Vazio.
Vejo que a desatenção é realmente um atributo do ser humano. Acompanhe: se você observou que "vazio" ocorreu, como é que você parou de observar? Quem percebeu o "vazio", então?
Está implícito que a observação nunca deixa de acontecer. O que normalmente é descrito como parar de observar é aquele momento em que não existem pensamentos ou imaginação. O que relata um grande equívoco: o senso-comum pensa que a observação seja um atributo da mente.
Quando não há pensamentos, sensações ou qualquer tipo de imaginação ocorrendo, não significa que não haja observação. É possível haver lapsos de segundos sem pensamentos ou imaginação. Porém, nesse instante, você está observando a ausência de pensamentos. A observação é perene.
É isso o que você tem buscado e não encontra porque tudo o que você conhece, conhece através da mente. Estamos aqui para nos aproximarmos de uma realidade que há além do corpo, além da mente – Observação é a realidade do buda.