sábado, outubro 30
além das possibilidades, aquilo.
Eu não estou propondo um caminho.
Eu estou propondo que você reconheça por si mesmo
quem é a boa companhia, quem é a Verdade.
Existe apenas um obstáculo.
E para você ver quem é a boa companhia,
para você ver o que é a Verdade, você precisa estar desperto
para o fato de que você é o único obstáculo.
Você quem? Esse você que se pensa.
É preciso dar-se conta de que esse “você” é apenas
uma construção mental, uma entidade dentro
de infinitas possibilidades. E, sejamos francos,
você escolheu esta possibilidade um tanto quanto defeituosa,
enquanto existem milhares de outras possibilidades
dentro deste momento. No entanto, aqui,
não está em pauta escolher nenhuma possibilidade.
Está em pauta permanecer exatamente avesso
a todas as possibilidades. Permanecer, então,
silencioso – para ver que nenhuma possibilidade, de verdade,
é a Verdade; que nenhuma possibilidade, de verdade, é a boa companhia.
A “boa companhia” é exatamente onde as possibilidades ocorrem.
Este corpo-mente sentado aí e este corpo-mente sentado aqui
são possibilidades ocorrendo em boa companhia.
Ao desprender-se da idéia de que “o experienciado”
seja você, lhe é revelada a verdadeira boa companhia.
E nesta revelação existe a dissolução do percebido.
O percebido, de um ponto de vista quântico, relativiza-se –
ele não é tão importante assim.
E eu insisto: quando “o percebido” não for mais tão importante,
outras possibilidades penetrarão no seu campo de percepção.
E neste sentido, você não mais estará sendo guiado
pelo colapso da possibilidade engendrado pela sua mãe,
mas, sim, por uma nova nascença.
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