Um monge estava caminhando na floresta e um tigre saiu atrás dele para comê-lo. Ele fugiu o quanto pôde, até que, subiu num longo cipó na beira de um penhasco. Quando chegou no meio do penhasco, olhou para cima e viu que havia um outro tigre o esperando. Nessas alturas, dois ratinhos saíram de um buraco e começaram a roer o cipó. Ele olhou para cima, olhou para baixo e havia um tigre em cada direção. Quando olhou na altura dos seus olhos, viu uma amora. Ele esticou o braço e colheu a amora. “Que delícia essa amora!” – pensou.
É com o presente que você tem que se ocupar, não é com o que passou, nem com o que virá. Primeiro, porque não está nas suas mãos. Se a Existência quiser ter a experiência de ser apanhada por um tigre, ela vai manifestar isso através de você e não vai ter escape.
Geet — E eu perco a chance de comer a amora.
Não perca essa chance. Mas, você costuma pensar: “Será que eu como a amora? Será que não como a amora? E se eu cair? Vou ter uma má digestão porque estou com medo e a adrenalina está a mil. Ai meu Deus! E aquele rato? Sai rato!” Você fica entre coisas não existentes enquanto há uma amora em seu bigode. A amora é o aqui e agora, é o presente do aqui e agora. Você come a amora e o tigre come você. Você é uma amora para o tigre.
Dê uma olhada em seu processo e veja. Você gasta a maior parte do seu tempo preocupado com o que passou, ou com o que virá, e perde tudo o que está acontecendo no presente. Você tem a impressão de que quando resolver todos os resíduos do passado, tudo vai estar ótimo – e o tempo vai passando, e as amoras vão passando.
Show legas! Satya! Conta mais! Conta outras historias e contos pra nós!
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