terça-feira, outubro 5

Nasce o buda

 



















Alice — Imagino que um Buda nasce quando ele consegue realizar a sua essência, em paz com o corpo e com a mente, quando não foge e não tem um monte de máscaras...

Não, não é nada disso. Você precisaria de tempo para tirar as máscaras. Que máscaras? Para inventar as máscaras ou falar delas, você precisa de tempo. Quero que você entenda que tudo isso é construção mental. No Zen, eles costumavam dizer que os desejos, todas essas construções mentais, são “flores no ar”.

Alice — Por quê?

Dê uma olhada no ar. Tem alguma flor em algum lugar?

Alice — Não.

Como arrumar as flores no ar? Você perde seu tempo tentando arrumar uma coisa que é ilusória, maya. Você está tentando arrumar uma coisa que não existe. Sei que é difícil entender. Veja quem você é.

Todos os nossos problemas, tudo o que capitalizamos como problemas e reverenciamos como nossos, são “flores no ar”. Dê uma olhada nesse instante. Qual é o seu problema? Tem algum problema?

Ronaldo — É constrangedor!

A simplicidade é constrangedora.

Bodhi — Dá muita paz.

Toda a paz do mundo. Isso que você está experienciando agora, pode ser experienciado o tempo todo, onde quer que você esteja. Simplesmente pare e veja que não tem problema. E nasce o buda.

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