quarta-feira, fevereiro 8

nada. agora.


Na nossa linguagem, "nada" significa ausência de coisas, coisa nenhuma. Mas, no contexto de Satsang, entenda "nada" como positivo e não como a negação de algo. Perceba: quando todas as coisas se ausentam, algo se torna presente, e essa presença é meditação.


Normalmente, nos é dado "n" métodos para que, através de uma manipulação sensorial, cheguemos ao estado de nada fazer, e que, talvez pelas frestas desse nada fazer, percebamos o "nada" e meditação aconteça. Mas, usualmente, ao perceber o "nada", esse "nada" se apresenta como um objeto sendo percebido. E isso não é meditação, isso ainda é contemplar um objeto.


Costuma-se olhar para meditação como uma conquista, mas tudo o que pode ser conquistado está no mundo objetivo – pode ser medido, pode ser pesado, pode ser mensurado. O "nada" não pode ser medido e não é objetivo. Aquilo para o que meditação aponta está além do objetivo e do subjetivo.


Surge uma pergunta: Como trazer para nossa realidade uma coisa que é o avesso de tudo o que aprendemos, de tudo a que fomos condicionados?


O que quer que você faça, pergunte ou proponha, está deitado no tempo. Ou seja, você olha deste momento para algo que vai ser encontrado em um outro momento, que você não sabe qual, mas para o qual você está se preparando. Porém, você só vai poder entender com totalidade o que Satsang propõe – entenda "totalidade" aqui, como o que vai além do intelectual – quando você não prorrogar mais, porque o que estou apontando está acessível a você exatamente agora. Aquilo para o que meditação aponta está somente aqui e agora.

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