quinta-feira, fevereiro 21

vendo o ver vendo e o infinito entre o um e o dois

















Na escola aprendemos que depois do 1 vem o 2. Porém, com o passar do tempo, apareceu um cara que descobriu que entre o 1 e o 2 existiam infinitos números. É certo que mesmo depois de tal descoberta, não se usa explicar isso para uma criança, mas chega um momento em que você precisa admitir que entre o 1 e o 2 está o infinito. O 1 e o 2 são apenas símbolos. 

E o mesmo ocorre com a sua noção de “eu”, ela é simbólica, ela não é real. Quando você a toma por real, vive uma vida simbólica. Quando você a toma por simbólica, abre a porta da realidade. E a realidade contradiz de uma certa maneira todo esse panteão de símbolos que a sociedade impôs sobre você.

Essa é a derradeira proposta trazida por Satsang: colocar de lado todos os símbolos e ter uma experiência direta da realidade. Se isso parece impossível para você, existem outros lugares para ir, lugares onde são reforçadas as noções de “eu”, de vontade, de poder, de adição, de êxito... No entanto, se o que está sendo apontado aqui perturba a fragilidade do seu “eu-simbólico”, aproxime-se.

Ouça e veja. Um dedo está sendo apontado para um determinado lugar. O dedo não é importante —  não discuta com o dedo nem a respeito do dedo. Simplesmente olhe para o lugar que está sendo apontado. E se, de repente, você não estiver vendo nada, podemos dar um jeito nisso de uma maneira positiva. Pois é exatamente isso o que deve acontecer: veja que não tem nada para ver. Absolutamente, não importa o que é visto, você tem que ver o Ver. 

Um comentário:

  1. Ver, sentir, estar, permanecer, confiar, se entregar, esgotar... , Silenciar MORRER.

    Vida longa a essa manifestação - Satyaprem 【ツ】

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