Todo o meu intuito tem sido em apresentar a Observação como plano de fundo de toda a existência e, principalmente, como sendo você. Quero que note que aquilo que vê não pode ser visto. Não há nada fora da Observação, Ela não pode ser vista – nem no espelho, nem no espelho da mente, nem no espelho das emoções, nem no espelho das sensações, nem no espelho da mente dos outros, nem nos olhos dos outros... Simplesmente não tem como a Observação ser vista.
Sabemos que essa percepção não é confortável para a mente – pois fomos acostumados a crer que ela, a mente, é quem bate o martelo. Aprendemos a experienciar a existência através do ponto de vista da mente. Porém, apesar da Observação, dAquilo que Vê, não poder ser visto, tocado, ouvido ou experienciado de nenhuma maneira através dos sentidos, aproximar-se dessa realidade, ter a Consciência Testemunha como realidade, nos faz lidar com o mundo, com o corpo, com a mente, com as emoções de maneira distinta, ampliada, com uma infinita distância entre sujeito e objeto.
Morte, fome, insegurança, carência, paixão, vontade... todas as informações ocorrem na periferia. Diante disso, veja se Aquilo que está vendo ultimamente a ocorrência desses objetos tem alguma relação com eles ou se simplesmente há a percepção, o testemunhar. Quando há identificação é porque a mente encontrou uma porta e entrou sem ser convidada. A Observação simplesmente observa. O corpo é quem sente. A mente é quem pensa, julga e gera todas as histórias... Você, a Consciência, por trás de tudo isso, simplesmente Observa.
É preciso separar o joio do trigo. O corpo sente carência, dor, alegria... A mente pensa mil coisas a respeito daquilo que o corpo sente ou a respeito daquilo que está ocorrendo – nem que seja na novela das oito. E a Observação não se envolve com nada disso. Aliás, quando você está mais e mais perto do Eu-Testemunha, da Consciência como sendo você, mais rapidamente os objetos passam, os acontecimentos se movem, sem que nada precise ser feito.
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