Quem divide, quem torna uma coisa diferente da outra, ou uma coisa oposta a outra, é a mente. E o que faz a segunda coisa nascer é a ideia da primeira. É a partir do pensamento "eu" que vem o "tu".
De onde quer que você olhe, se tem o outro é porque tem você. E se tem você, necessariamente, terá o outro. No entanto, no Amor, naquilo que É, não tem outro. Não tem você, tampouco. Tudo desaparece.
E onde há nada e ninguém, há uma alegria sem razão de ser. Aqui estou usando a palavra "alegria" só para nos aproximar de um entendimento. Porque, necessariamente, há de ser perdida até essa noção de alegria consumida correntemente pelas pessoas. Essa alegria carnavalesca.
Inerentemente, tem uma alegria "cool". Como posso dizer isso melhor em português? Uma alegria serena. Calma. Tranquila. E de dentro dessa serenidade, você olha para todas as coisas no mundo.
De repente, a vida perde a conotação grave que tem tido e assume a leveza do céu azul.
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