Tagore diz:
Aquele que aprisiona com seu nome, fica gemendo nessa prisão.
Vivo ocupado em construir este muro à minha volta.
E, dia a dia, à medida que o muro sobe até o céu,
Vou perdendo de vista o meu verdadeiro Ser.
Na escuridão da sua sombra, orgulho-me desse alto muro e o revisto com terra e areia.
Para que não se veja nenhuma rachadura nesse nome, e com os cuidados todos que tomo, vou perdendo de vista meu verdadeiro Ser.
Se quer um exercício, eis um muito bom: sempre que houver um incansável diálogo interno, veja que se trata de uma construção – mais um tijolo está sendo colocado nesse muro. Cada vez que você acrescenta um adjetivo ao "eu", está colocando mais uma pedra no muro da mentira, daquilo que não É.
Tagore diz que cada vez que você põe uma pedra nesse muro, se afasta do seu verdadeiro Ser. Isso é simbólico. Qual o nome do seu verdadeiro Ser? Diante dessa pergunta, adoraria que você pudesse ver o Silêncio abismal que está implícito como resposta. Qual é o nome do seu verdadeiro Ser? Se buscar carinhosamente pela resposta, note que há uma lacuna, uma pausa, um não-saber.
Portanto, o convite é que você tenha essa lacuna como sua morada e não saia mais daí.
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