quarta-feira, julho 17

a beleza do agora em todas as coisas















Um dia estava caminhando em Santiago do Chile, com uma câmera na mão, era um fim de tarde e a luz estava incrível. Aquele sol chileno de verão estava batendo nos edifícios, refletindo céus e formas. Havia uma luz que batia num prédio e refletia no outro… Simplesmente um show! Então, levantei a câmera e fiz a foto. Fiz mais uma, outra e outra e ainda mais outras. Um pouco depois, parei para tomar um café. Estava acompanhado de uma pessoa que nunca me havia visto fotografar antes e, assim que sentamos, ela perguntou, incrédula: “Por que você estava fotografando prédios?” Além de sorrir, tive que dizer que não estava fotografando prédios, estava fotografando a beleza do agora.

Emudecida, com os olhos cheios de nada, mirou. Acho que ela não entendeu exatamente o ponto. Afinal, como pode o belo estar num prédio? Aquela edificação estava ali durante anos e ela nunca havia percebido, tampouco visto a beleza resplandecente daquele momento – que não era do prédio em si.

Na verdade, tudo é belo. Tudo! Até a morte é bela. Você só não pode ver porque está preso às suas crenças. Você não come isto, não come aquilo e repudia aqueles que comem isto ou aquilo – sem notar que o mal é o que sai da boca do homem, não o que entra.

Portanto, shut up e olha para dentro. Desapareça enquanto personagem, desapareça enquanto descrição. Pare de projetar as suas crenças em tudo o que você vê e perceba o belo em todas as coisas.

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