sexta-feira, julho 19

soberano e indescritível


Quando desaparecemos enquanto descrição, torna-se impossível estabelecer qualquer projeção sobre o que quer que seja. Somente dessa maneira podemos ver o mesmo em tudo. Na verdade, ver a si mesmo em tudo.

Fique quieto e não siga nenhum pensamento. Resista! Desconfie dos pensamentos tanto quanto desconfia de que, do jeito que você é, já seja o buda. Foque no Silêncio de uma maneira que essa "energia" venha a explodir internamente. Sem seguir nenhum pensamento – este é o único movimento necessário e, na verdade, é um não-movimento –, tudo já está perfeito do jeito que é.

Por condicionamento, há a tendência inconsciente de seguir a todo instante os impulsos físicos e mentais. Você dá imenso valor aos impulsos que surgem, como se fosse impossível não correspondê-los. Vem o pensamento: "Quero comer chocolate". E logo você obedece. Por quê? Experimente não ser tão obediente a esses impulsos.

Aquiete-se e torne-se íntimo do mistério. Há algo indescritível, imensurável, que está por trás de tudo. Aproxime-se! Essa é a única maneira de "vencer", pois somente ISSO é indestrutível, imperativo, soberano. Todo o resto é periférico, aparece e desaparece.

Um pensamento vem e vai. Um sentimento vem e vai. Uma sensação vem e vai. Um desejo vem e vai. Tudo acontecendo na periferia. Você é aquilo que  vê todos esses acontecimentos. É possível descrever tudo o que é visto, mas você não pode ser descrito. Aquilo que vê não pode ser visto. 

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