Dê-se o direito de, momentaneamente, esquecer tudo o que você pensa que sabe. Experimente isso e veja como esse esquecimento é vivenciado. Olhe! Há muita coisa perdida? O que está faltando? Não descreva o que você vê e veja o que acontece com o mundo.
A mente está o tempo todo descrevendo. Tem um agente descritor que é também controlador. Ele tenta manter uma espécie de relação equilibrada – aos seus olhos – entre os objetos: "Esse pode ir embora, esse outro não quero que se vá…" É uma tortura! Porque muitas vezes o que você quer que vá, fica e o que você quer que fique, vai.
Inteligência, quietude, aponta para a aceitação: o que vai, vai. O que fica, fica. Se a mente quer que o que está indo embora, fique, isso é um problema dela. Você apenas observa. Do contrário, como pode querer levar uma vida saudável, plena e iluminada, acreditando no monte de histórias que você acredita? Todas contadas pela mente, diga-se de passagem.
A mente está o tempo todo dando significância, explicando e pedindo explicações. Falemos de desgaste! Desse modo, você vive dando significância a nuvens insignificantes. Sei que posso estar "pegando pesado", mas o que você quer que eu fale? Estamos aqui para olhar para a Verdade ou para nos acomodarmos no conforto da sentença "você é o divino"? Sim, porque é muito bom ouvir que somos o divino, não é mesmo? Mas do que serve se não for realizado?
De novo, é radical e coragem é necessária. Senão, cairemos na mesma história de sempre, nos velhos clichés. Os clichés são facilmente acomodados pela mente. Agora, experimenta propor que ela acomode o fato de que não tem ninguém, que não tem um lugar onde chegar e nenhum lugar de onde você tenha vindo. Permita-se conhecer o abismo do não-saber!
muito bom, Satyaprem
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