segunda-feira, novembro 25

satsang, a irmandade amorosa e a transmissão do nada


Fragmento da entrevista para EL PAÍS - Colombia, agosto 2013

Qual foi o ensinamento mais importante para sua vida que você recebeu do mestre Osho?

Um verdadeiro mestre não ensina, não possui ensinamento da forma como compreendemos. Estar com um mestre não é uma busca de mais conhecimentos para si mesmo, na verdade é desprender-se do que foi aprendido para viver de forma leve. Então, neste sentido, o que aprendi com Osho foi a ser eu mesmo, vazio de conteúdo, silencioso. E que finalmente aquilo que eu pensava ser, não é o que eu sou. O ser é impensável.

Por que você decidiu chamar-se de "amor pela Verdade" [significado de Satyaprem]?

Acho engraçada a pergunta. Como falamos antes, quando você está com um mestre, entrega suas decisões e isso não é muito fácil de compreender. Por isso não julgue antecipadamente. Chamar-se "amor pela verdade", portanto, foi um presente do mistério da existência através do mestre, sem seriedade, para reconhecer-se além do corpo e da mente.

Qual é a sua definição particular a respeito da Verdade?

A Verdade é indefinível. Por isso, é universal. Todos que chegam até ela, silenciam-se em irmandade amorosa. A Verdade é amor.

Você diz que a Verdade está dentro de cada um, porém, como é perceptível? Como pode-se reconhecer  alguém que está em contato com a Verdade?

A Verdade está com todos, dentro de todos, em tudo. É difícil compreendê-la, porque a menos que alguém a reconheça em si mesmo não pode vê-la em nenhum outro lugar. Porém, algumas flechas podem atingir o alvo, e as mais simples são quando você está ao lado de alguém que incorpora a Verdade – você se sente aceito, relaxado e em paz. A partir daí, passa a ver aquilo que está além das formas. Pode-se dizer que a Verdade aparece em tudo o que você olha, sente ou pensa.


fragmento da entrevista para EL PAÍS - Colombia, agosto 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário