quarta-feira, junho 8

o eu e o outro



























Osho fala que temos medo de decidir, e que, a um certo ponto, é momento de decidir.
Para ilustrar melhor, recorro aqui às palavras de Seung Sahn, que tive a honra de ler outro dia: 

Primeiro, você tem que tomar uma firme decisão 
para atingir a iluminação e ajudar os outros.
Você já tem os cinco ou dez preceitos.
Saiba quando mantê-los e quando quebrá-los. 
Quando estão abertos e quando estão fechados.
Deixe ir o seu pequeno ser e torne-se o seu verdadeiro ser.

Você insiste em ficar se relacionando com seu pequeno ser, tentando melhorá-lo, seguindo a tese psicanalítica de que quando compreender toda a inconsciência do seu pequeno ser, vai se tornar mais consciente. Essa é uma história para boi dormir. Para ser Consciência, seu foco tem que ser imediato, em menos de um segundo.

Com a firme decisão de ver o que está sendo apontado, você troca uma coisa pela outra. Imediatamente, troca o pequeno ser pelo verdadeiro, e realiza que, onde repousa sua natureza original, não existe nem isso, nem aquilo.

Quando você se vê como o verdadeiro ser, não existe outro. Qualquer divisão é um retorno ao seu pequeno ser, um retorno à pequena tragicomédia humana, ao seu pequeno drama divino. Você estabelece o seu drama desenhando isso ou aquilo, “eu” e o “outro”, preto e branco, o azul e o amarelo, o de cima e o de baixo, o esquerdo e o direito.

Retorne para aquele lugar onde não existe nem uma coisa, nem outra. Em sua natureza original, não existe “nem isso, nem aquilo”. Aquilo que você é, não tem gostos, nem desgostos. A porta da compaixão não é exercício do seu pequeno ser - é a realidade do seu supremo ser.

Reforço: não façamos do supremo ser uma possibilidade remota e futura. O supremo ser se encontra exatamente aqui, exatamente agora. Apenas não se confunda com o que é visto. 

Um comentário:

  1. "A porta da compaixão não é exercício do seu pequeno ser - é a realidade do seu supremo ser."

    uau!!!

    love
    sakshi

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