sexta-feira, novembro 29
o erro de descartes, o galanteio da água e a morte
quinta-feira, novembro 28
ser: isso!
Um dia, perguntaram a Ramana Maharshi: "Que livro posso ler para encontrar a mim mesmo?" Ramana, prontamente, respondeu: "Nenhum. A única coisa que você pode fazer é entrar para dentro de si e ler, completamente, a si mesmo. Depois que você encontrar a si em si mesmo, pode ler o que quiser."
Não sei quanto a vocês, mas é disso que compartilho. Leia a si mesmo de todas as maneiras possíveis. Custe o que custar. Fique cara a cara com aquilo que foi imposto sobre você como verdade.
Você é jovem? Você é velho? Homem? Mulher? Stop! Por que você está sempre sendo alguma coisa? Estamos detidos no 'ser alguma coisa' sem nos darmos conta do que há anteriormente a qualquer coisa.
Remova os 'issos' e os 'aquilos' e veja a consistência do eu, veja que peso tem esse pronome antes do verbo. Por fim, remova o "eu" e fique com o SER.
quarta-feira, novembro 27
o livro da história da mentira e sua sutil continuidade
Investigue: quando você diz algo, há sempre a possibilidade de ver se existe fundamento na sua fala, no seu pensamento. Ao afirmar que você seja um ser humano, uma mulher ou um homem... de onde você tira essa informação? Do agora? Ou do livro de histórias da sua vida?
Investigar quer dizer: oferecer à Consciência, neste instante, o que quer que seja que você esteja dizendo ou pensando. Experimente isso! Veja se o que você prega como verdade tem fundamento, de fato, ou se é apenas uma mera formalidade que você vem seguindo simplesmente porque todos seguem.
Romper com a formalidade, com séculos de tradição, é um grande empreendimento. Não é banal! Não dá pra trocar o "crer que você é um ser humano" pelo "crer que você é Consciência". Não funciona assim.
Você acha que essa troca vai deixar tudo bem na sua vida... mas isso não vai acontecer, porque você estaria trocando alhos por bugalhos. No fundo, não houve a ruptura fundamental. Desformalize-se.
terça-feira, novembro 26
a floresta do pensar
segunda-feira, novembro 25
satsang, a irmandade amorosa e a transmissão do nada
Qual foi o ensinamento mais importante para sua vida que você recebeu do mestre Osho?
quinta-feira, novembro 21
o vazio cheio
A morte é o momento no qual você para de existir para si mesmo. Em meditação, no ambiente de Satsang, você pode assistir à sua própria morte. Dessa forma, vê que o mito da morte como algo terrível a ser evitado é basicamente infantil.
Dê-se conta disso e todos os seus problemas serão resolvidos. As pessoas adoram os seus problemas e a morte seria a solução de todos eles. Se conseguir se afastar e assistir com distanciamento ao espetáculo criado pela confusão mental em que o mundo se encontra, verá que tudo não passa de uma comédia.
A vida é a única coisa que temos. Mesmo assim, o que a maioria das pessoas faz com isso? É crítico! O drama não tem fim. Abra os olhos! Como você responde a isso? Ninguém te leva a sério – por que você se leva tão a sério?
Voltar-se para dentro é fundamental. Quem é você? Faça a pergunta e registre que nada pode ser dito a esse respeito. Veja se você aceita ficar vazio e assumir a quietude do Ser de tal maneira que não haja nenhum preenchimento. A mente preenche a sua vida com desejos. No entanto, se você observa, vê que o mais profundo do Ser está preenchido de vazio.
terça-feira, novembro 19
o outro, a compaixão e um caminhar tranquilo
Hoje é um bom dia para falar disso: há um tempo atrás, assisti uma entrevista do Jô Soares com o Danny Glover. Ele, o Danny, muito energético, dizia basicamente o seguinte: Existe muita desigualdade, não dá mais! Precisamos nos juntar e discutir como redistribuir essa riqueza que está em abundância. Riqueza de conhecimento, riqueza material… tudo! Porque, de verdade, a sua segurança depende da segurança do outro.
É perfeito! Se todos vivem uma satisfatória condição, uma condição razoável – até porque não dá pra viverem todos em condições totalmente iguais, sempre vai haver alguma diferença, por diversas razões –, se houver um mínimo equilíbrio de forças, todos estarão seguros. Aí, então, você anda pela rua e pode desejar bom dia a qualquer um que passe, pode caminhar tranquilamente à noite e coisas do gênero.
Aquele que comeu e que tem a segurança de que amanhã terá comida para ele e os seus, que tem uma casa decente e dorme tranquilo, ele não tem porque confrontar o que está posto. Essa é uma maneira de olhar socialmente para o outro. E em nosso contexto, em Satsang, somos convidados a ir ainda mais longe: quem é o outro?
Sabendo que o outro sou eu, o que posso promover? Compaixão nasce nesse exato momento. Se eu sei que o outro sou eu, quem inventaria as armas? Comece a se dar conta disso e traga para a sua vida, para o seu dia a dia. Saiba quem é você e, naturalmente, saberá quem é o outro. O outro é você!
sexta-feira, novembro 15
de cabeça para baixo, de cabeça para cima
Como consequência da elucidação do que estamos explorando aqui, da nossa não-existência fora do tempo, é possível entender por que buda chamava o “Ser” de "não-ser". Ou seja, para descrever quem você verdadeiramente é, ao invés de dizer “eu sou”, você diz “eu não sou”. E esse será um belo começo…
segunda-feira, novembro 11
outros quinhentos: no silencio não tem objeto
sexta-feira, novembro 8
a quietude do silêncio e a inexistência do futuro
quinta-feira, novembro 7
bom dia e durma nunca mais
Participante – Hoje não vou conseguir dormir... minha mente está de pernas pro ar!
Essa é a minha proposta: que você não durma nunca mais! Estamos aqui para que você desperte! Aprecio que você tenha uma noite de questionamentos, pois tem dormido muito. Desperte questionando tudo o que levantamos aqui hoje.
Desperto, você vê que todo o conteúdo mental, sem discriminação, é matéria morta. A mente é necessária apenas para pedir um copo d'água, desejar "bom dia", atravessar a rua, chegar num determinado endereço... Todas essas teorias a respeito de para onde iremos e de onde viemos, o que é certo e o que é errado, são anuladas junto ao seu despertar.
Você está aqui para se tornar uma árvore, uma criança, um bebê – e isso é imediato. Não pode haver tempo, porque ele não é necessário para você entrar no agora. O agora está aqui agora. O indescritível isso é você!
quarta-feira, novembro 6
cagando nas estátuas os pombos estão
segunda-feira, novembro 4
quem é você, criança?
sexta-feira, novembro 1
acordar não tem preço!
Participante – Satya, me parece que temos mais pessoas acordadas do que antes. É isso mesmo?
Sim, mas entre nisso com muita calma e observação, porque a mente é incrivelmente astuta, ela quer acordar também. Já que está todo mundo acordando, ela também quer acordar. E uma mente acordada não existe, quem acorda não é a mente.
Na verdade, quando existe acordamento, a mente morre, ela perde consistência. Onde há "eu" não há acordamento. Acordamento é a revelação de que não tem "você". Por conseguinte, não tem o outro – e é aí que nasce aquilo que chamam de "compaixão", algo que se alastra como fogo.
Sei que é muito agradável a ideia de que esteja tão barato acordar. Mas essa é uma nobre ilusão. Não é barato! E não estou me referindo, é claro, a um preço, não é uma questão de custo, é uma questão de valor.
Quanto vale todo o seu conhecimento? Quanto valem as suas propriedades? As externas e as (imaginárias) internas. É por isso que o convite é encontrar um ponto onde você não sabe nada. Um ponto silencioso.
O acordamento, necessariamente, o leva a um silenciamento, ao silenciamento da mente, da mente que pensa ser você. É tão sutil que se você disser "Eu acordei", sofrerá de narcolepsia. A mente entra pela porta dos fundos, incansavelmente, e repete aquilo que foi gravado. Pare e veja: uma coisa é dizer e a outra coisa é SER. Não há modelo, há Presença.