O Zen diz que não tem como se fazer fogo com lenha verde. Primeiro, a lenha deve secar. À primeira vista, subentende-se um processo ligado à temporalidade. Mas, compreenda: a maturidade que Satsang exige não tem nenhuma relação com o tempo, tampouco existem níveis de maturidade. Não se preocupe com isso. A mente tende a interpretar as coisas de acordo com o contexto dela. Satsang é o descarte de qualquer estado comparativo. Apenas dê-se conta, fundamentalmente, que nada do que está contido nela é real.
Foi dito pelo Papaji: “Tudo o que você faz, é para a quietude da mente, e ainda assim, tudo a perturba. Fazer é mente, é uma armadilha. O que quer que seja que você esteja tentando fazer, esconde o diamante com a arrogância do fazedor”.
O que você compreende disso? Você nota que sempre que algo desconhecido ou desagradável está passando, o "fazedor" vem à tona e propõe que algo seja feito? Mesmo assim, sempre que você faz alguma coisa, entra em perturbação, ainda que “desperturbar-se” seja o objetivo.
Por 35 milhões de anos, você tem feito isso. Chega! Simplesmente mantenha-se quieto. O Ser não é visto através do esforço e nem a liberdade é resultado de um fazer. Já está Aqui. Já está Agora.
Se está fazendo ou tentando alguma coisa, isso quer dizer que existe um sistema interpretativo. Você perde o êxtase porque a sua busca é pelo transitório. Mas a Verdade não pode ser vista, pois Ela é Aquilo que Vê. Encontre isso e encontrará a Paz.
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