A mente é a guardiã da ilusão. Quando quer que você siga o conteúdo da sua mente, você se ilude, se confunde com o objeto percebido. De outro modo, daria para dizer que a mente é a cola, é o veículo que gruda, aparentemente, você no objeto percebido. E, assim, você tem evitado a realidade da Observação.
Você afirma estar sentado aí, agora, porque te foi ensinado isso um dia. Um copo só é um copo na sua mente, porque fora dela isso não tem nenhum significado. Recorrendo à sua mente, você acessa apenas as convenções e não consegue se deslocar deste conteúdo para ver o que há em realidade, em tempo imediato, límpido, sem qualquer definição gerada pelos sentidos – e, aqui, reconheça a mente como o sexto sentido, como foi cunhado por Buda.
Observação é nossa natureza e seria de tremendo valor se você se dedicasse a observar o que está dentro, como tem feito com o lado de fora, que o mantém "con-fundido" com o falso eu. No momento em que você se dá conta que observa os objetos, você se destaca deles. Você observa o copo, portanto, você não é o copo. Da mesma forma, você observa o seu corpo, logo, você não pode ser esse corpo. Você observa os pensamentos, portanto, você não é aquele que pensa, você é aquele que, ulteriormente, assiste os pensamentos.
Olhe para isso com carinho e veja que nada precisa ser feito para ser a Observação que você é. Observação é inerente a você, não tem como alcançá-la, assim como não tem como perdê-la. Você é isso, ainda que pense que não. Você sempre foi e sempre será a Consciência, porque tudo é Consciência, não tem nada fora dela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário