Associar o encontro consigo mesmo à terapia já não cabe mais. Muitos foram por esse caminho e se equivocaram. O corpo e a mente não podem realizar o Ser.
O objeto não pode pode compreender o sujeito.
O que você quer? Quer um relacionamento que dê certo, ganhar dinheiro, não ter mais dores de barriga ou abrir os olhos e ver quem você realmente é?
Se abre os olhos, você vê. A mente projeta uma visão baseada no que foi lido nos livros; o corpo quer ter uma sensação especial, quer ver luzes e mil pétalas se abrindo. Porém, é justamente quando o querer cessa que você vê quem você é.
Você quer sentir expansão no corpo? Como? O corpo é limitado. Você quer se sentir bonitão para sempre ou quer sumir no abismo do agora? O mais comum é que o abismo cause certo estranhamento e, diante disso, você se prende novamente aos desejos, aos pensamentos e às sensações. Por isso, Satsang é para os corajosos – a maioria das pessoas está contente em ter um emprego, casar e ter filhos, não é mesmo?
Abrir os olhos é a única base para a autodescoberta. E o “mecanismo” que proporciona essa abertura é a absoluta rendição a essa milenar questão: quem é você? Se você leu a melhor resposta sobre isso num livro e está contente com ela, por favor, jogue-a fora. Nenhuma resposta vinda de outrem tem o menor valor. Não seja preguiçoso. Um pouco de critério e coragem podem levá-lo à resposta original. Um buda dormindo não é um buda, buda é ser acordado. Abre os olhos.
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