sexta-feira, setembro 21

observação cristalina


O caminho mais curto é investigar, por si mesmo, o que você é. Onde está você? O corpo é observável, ou não? O corpo é observável, a mente é observável e entre eles existe esse limbo chamado "emoções", que também é observável. Quem observa tudo  isso?

Agora, tente ver esse que observa. Não tem como. Não há quem ou o quê possa observá-lo, porque a Observação é o que está por trás de tudo. De qualquer maneira, tente encontrá-la e você irá se aproximar da realização de que a Observação seja invisível e que aquilo que vê não pode ser visto.

Nem através de um espelho você pode ver aquilo que vê. Nem no espelho da mente, nem no espelho do vidraçeiro, nem no espelho das emoções, nem no espelho das sensações, nem no espelho da mente dos outros... simplesmente, não tem como. E, obviamente, isso é desconfortável para o "eu" superficial.

Uma vez investigado esse desconforto, você começa a se ver como a consciência-testemunha. E a consciência-testemunha vai lidar com aquilo que o corpo-mente lida, de uma maneira completamente diferente. Quando questões como morte, insegurança, fome, carência, ou o que quer que seja, chegam à periferia, veja se a testemunha, veja se a observação em você sofre o que a mente propõe, veja se a Observação é carente de alguma coisa. É notável que as sensações podem ocorrer, podem ser vivenciadas. O corpo e a mente estão sempre gerando algo, mas na medida em que você observa, você se cristaliza enquanto Observação. Esse é todo o nosso propósito.

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