A mente qualifica-se em oferecer ideias e conceitos que o mantenham enredado no sonho. Assim, ela torna impossível o seu despertar e permanece no seu aparente império. Dentro desse contexto, o que precisa ficar muito claro é que a entidade “eu” e a iluminação não andam juntas, vivem em linhas paralelas, jamais se encontrarão. Mesmo na curva mais fechada, elas permanecem paralelas.
Iluminação é a remoção do “eu”. Ou seja, esse "você" não iluminar-se-á. Tudo o que tem que acontecer, é notar que esse “eu” – tal qual você se pensa – não existe. Quantas vezes você já se iluminou e, em seguida, “desiluminou”? Isso acontece porque você apreende a iluminação como um objeto e, eventualmente, esquece.
Quando o “eu” entra, a iluminação logo desaparece. Assim, você fica ora iluminado, ora "desiluminado". Se persistir, um dos dois vai cansar. Há uma grande tendência em cansar da “iluminação”. Isso ocorre porque você está experienciando a iluminação com a mente, e isso não é departamento dela. Quando deixa de usar a mente como veículo para a iluminação – porque realmente é impossível – não tem mais volta.
É se perdendo – perdendo a entidade, essa noção de separação – que você se encontra. Deixando de lado aquilo que você pensa que é, você encontra aquilo que você é. O “encontro”, na verdade, passa pelo caminho da “perdição”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário