Participante – Satya, quando não estou em paz na minha relação com meu companheiro, como saber se é coisa da mente ou se estou conectada na busca de melhorar? O diálogo para estabelecer novas bases no relacionamento não é uma cilada da mente?
É possível diálogo que não seja mental? Não seria um diálogo, seria um monólogo.
Participante – É possível o amor entre duas pessoas? É possível o amor entre duas pessoas não ser apenas corpo-mente?
Claro. Amor não tem nada a ver com corpo-mente. Amor tem a ver com amor, o objeto é totalmente indiferente.
Quando você ama alguém, agradeça essa bênção e fique com o amor em si. Os objetos mudam, o amor permanece. Isso é o que você tem que se dar conta. O amor é intrínseco, o objeto pelo qual você está enamorado é temporário. Até porque este estado de “enamoramento” pelos objetos tem condições que não são puramente amor. Tem uma grande percentagem de bioquímica nisso que você está chamando de “amor”. E é por isso que só os adolescentes se apaixonam, mais tarde o que acaba falando mais alto são os contratos.
Você diz: “quando não estou em paz na minha relação com meu companheiro, como saber se é coisa da mente ou se estou conectada na busca de melhorar?”. Sugiro que você não tenha dúvida: é coisa da mente!
Você precisa compreender de uma vez por todas que amor não tem a ver com o corpo nem com a mente. Aliás, o amor não tem a ver com duas pessoas, o amor tem a ver com essa inerência, com isso que é auto-evidente e interno. Quando você descobrir o amor, e alguém foi o que objetivou isso, seja grato e fique com o amor. Aquela pessoa despertou, refletiu em você o sentimento mais lindo que alguém já pôde conhecer. Agora, fique com ele – com o amor – para sempre. Só o amor fica com você para sempre, todo o resto passa.
O amor ama o amor em todas as coisas, sencientes ou não.
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