Satsang propõe um corte com o conhecido. Está certo de que é isso que você quer? Na verdade, você deve deixar de querer, porque aquele que quer é exatamente aquele que não pode conseguir. Estamos aqui, portanto, para ressaltar que aquilo que você é já sabe de si – você não precisa se tornar o que já é.
Cautela e humildade estarão a seu favor. Você pensa que compreende, mas o fato é que só decorre Silêncio da compreensão absoluta. O chamado é exatamente a mutação da água para o vinho. Você há de tornar-se uma outra coisa que não este "você" assim como você se concebe. O milagre é que você já é essa "outra coisa" a qual você deve se tornar.
É um koan: torne-se aquilo que você já é. Deixe de ser esse "você", morra para o velho e re-nasça para aquilo que já é você. Um ato destrutivo, por assim dizer, dá origem ao nascimento, ao encontro com aquilo que resplandece quando nenhum conteúdo está em pauta.
Daí a expressão "Morra antes que você morra" – essa é uma chave de preciosidade singular. Morra um pouco a cada dia. Ao menos uma vez por dia mate um conceito a respeito de si, do outro e do mundo. E, a cada instante, sinta o frescor do Silêncio, a brisa do Agora, presente.
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