sexta-feira, agosto 27

Sem sujeito não tem objeto

















Observação não é observar o que está fora,
é observar o que está dentro.

Quando observo o que está dentro, o que está fora desaparece.

A preocupação com os objetos externos
tem uma função apenas no nível superficial,
para acomodar um pouco a sua existência.
Mas chega um momento em que a a flecha tem que voltar-se para dentro.
É aí que você encontra nenhum objeto,
porque, dentro, não há nenhum sujeito.

Quem cria os objetos são os sujeitos.
Sem sujeito não tem objeto.

Então, os acontecimentos do mundo, aparentes, aparecem a quem?
Você vai ter que responder isso sem nenhum drible.
A quem o mundo e as coisas que acontecem - más ou boas -, aparecem?

Olhe atentamente!
Você não é mais um acontecimento,
tanto quanto os outros acontecimentos no mundo?

O mundo e você não são diferentes.
Seria, portanto, fundamental esquecer o mundo,
porque o mundo, não passa de uma projeção sua.

Veja quem é você.
E logo verá que não tem "você" em lugar nenhum.
E se não tem "você", eu pergunto: onde está o mundo?
Não tem mundo, tão pouco.

Se você desperta, o mundo não é mais o mesmo.
Existe uma vitalidade intensa,
digamos que até incompreensível.

Não é necessário, em nenhum minuto,
que você saiba o que está acontecendo.
Não existe em nenhum momento
a descrição do que está acontecendo.

Há Silêncio. É o verbo.
Não tem absolutamente nada acontecendo.

3 comentários:

  1. Que liberdade,
    TUDO acontecer,
    Sem acontecer a porra nenhuma,
    De sujeito Algum...
    <3 Satya

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  2. Somos espiritos vivendo uma experiencia humana e mundada nesse mundo, e nao Humanos e mundanos vivendo uma experiencia espiritual aqui nesse mundo mundano.O sujeito nunca teve objeto sem sujeito, o mesmo que a Alma nunca teve seu espirito sem a alma.
    OM!!!ricardo

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  3. Satya, a propósito de seu artigo,me lembro que algum dia dia vc já havia apontado algo absolutamente chocante sobre nossa experiência e só recentemente isso ficou claro - o fato de que nem os objetos que experienciamos serem reais (pelo menos da maneira como os experienciamos). Por que todos os atributos que desatentamente atribuo aos objetos pertencem na verdade aos sentidos e não aos objetos! 'Algo' está lá,mas não há com saber 'o que' aquilo é, ele é isento de atributos.Por exemplo minha percepção visual do objeto não tem nada a ver com o objeto e sim com o sentido da visão! Isso é de tirar o fôlego. Mais e mais vezes isso é visto no momento da percepção e qdo isso acontece (na verdade após), sinto que posso enlouquecer, ou explodir em riso ou em pranto, o que às vezes de fato acontece! Gratidão profunda por ser esse farol na noite escura. Love. Svarupo.

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