quinta-feira, abril 14

nem ontem, nem hoje, nem amanhã



















Você se dá conta de como a mente sempre olha para você com condenação? Em contrapartida, o Silêncio o condena de alguma maneira? Não. O Silêncio aniquila você!
Onde o Silêncio está, não tem você. Você some à presença do Silencio. Ao invés de um “você” – cheio de histórias – está o Silêncio, livre e observativo.

Por mais dedicada que seja a sua busca, a verdade é que no Silêncio, até o meditador some. Enquanto a mente vive de condenações, de julgamentos; veja se no Silêncio existem expectativas ou planos de futuro. Para o Silêncio, o agora é suficiente. E isso altera absolutamente tudo. Se você precisa lembrar de algo que ocorreu no passado ou fazer algum planejamento para o próximo instante, faça-o, mas com o distanciamento de uma vida passada, de algo que não lhe pertence.

Participante – Satya, qual é o ponto comum entre o ensinamento de Jesus e o Zen?

O que que você entende como Zen?

Participante – É um contato com o Eu Superior, com o Silêncio...

Um contato com o Eu Superior?

Participante – Sim. Com isso que não é a mente.

Quando quer que seja que quem quer que seja fale disso, aponte para isso, este é o ponto comum. E uma vez visto, você há de notá-lo em tudo e em todos.

Acomode-se e permita que, de um jeito ou de outro, a Verdade penetre em você. Existem diferentes formas de acesso, mas todas estão falando da mesma coisa.

Para aprofundar o que estou dizendo, ouça isso que o Sosan diz:

“Vazio aqui, vazio ali, mas o infinito universo está sempre ante os teus olhos -
infinitamente grande, infinitamente pequeno, nenhuma diferença.
Porque as definições todas desvaneceram-se.
E nenhuma fronteira, nenhum limite é encontrado.
Assim também com o ser e não-ser.
Não perca tempo com dúvidas e argumentos.
Isso não tem nada a ver com dúvidas e argumentos.
Uma coisa, todas as coisas.
Mova-se entre elas, misture-se com elas.
Sem nenhuma distinção.
Se não há condenação, o Silêncio pode ir aonde ele quiser, sentir o que ele quiser.
Viver nesta realização é não ser ansiedade em relação à não-perfeição.
Não existe perfeição.
Viver esta verdade é o caminho da não-dualidade.
Porque o não-dual é um com a mente que confia.
Palavras.
O caminho está além das palavras.
Porque Nisso não há ontem, não há amanhã e não há hoje.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário