terça-feira, maio 24

espelho, o idiota


























 Osho diz: “Se você vê em mim um idiota, é porque você é um idiota! Se vê em mim um iluminado, é porque a luz em você está acesa”. Depende sempre de você, não de mim. E isso é verdade até embaixo d'água. Não tem o que discutir nem melhorar. Porque é isso mesmo! Você vê um idiota em mim? Você é um idiota!
Participante – Eu pude observar, ao longo do dia inteiro, a respeito daquilo que você falou: que a mente não existe. E é inacreditável, é incrível, a forma como ela se apresenta – para entrar em cena, para criar um problema, para fantasiar... Então por um tempo notei que há um envolvimento, mas quando consigo me manter atento, ela some!
Mantenha a rédea curta. Não solte! Segure o touro!
Participante – E cada vez que isso acontece, a atenção parece ficar mais aguda. Pareço ficar mais preparado para a próxima “segurada”. É como você falou em outro momento, que acumulamos um pouquinho de energia, um pouquinho de força.
Não deixe escapar!
Participante – É como se eu ficasse um pouco maior em relação ao touro. Na medida em que vou segurando, ele vai mudando de tamanho, vai diminuindo.
É isso mesmo! Chegue ao ponto de ver o touro bem pequenininho e você bem grande, segurando ele pelo rabo. Ele corre para lá e para cá e você não vai a lugar nenhum. Sentado, faça apenas um pouco de carinho nele.
O touro é a energia vital! Temos muita energia. Temos tanta energia, quanto o Universo! Até porque não somos nenhuma outra coisa. Então, é óbvio que, na inconsciência, essa energia faz gato e sapato. Essa canalização se organiza na medida em que você começa a ver quem você é.
O touro quer ir sempre para o caminho conhecido, o caminho que leva você para o inferno. E você, consciente de si, segura ele pelo rabo, até que se acalme. Daqui a pouco ele começa a correr para outro lado... e você permanece com a rédea curta. Não importa para que lado ele queira ir, contanto que você esteja ciente de quem você é.
Na medida em que a energia começa a fluir por canais diferentes, a ter outra fluência, você se torna irreconhecível a si mesmo. Então, a morte é necessariamente um corte com o conhecido e a entrada no desconhecido – sem a chance de reorganizar isso de uma maneira conhecida novamente. É o fim. Não tem como organizar ou reorganizar o desconhecido.
Por isso confiança é fundamental. O corte se estabelece na medida em que você não deixa o touro ir para o conhecido. E você já está bem grandinho, apto a isso. Você já se conhece o bastante.

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