segunda-feira, setembro 20
eterna vigilância
O que me parece que é importante é que você
se distancie daquele que tem dor.
Veja que você não é aquele que tem dor.
E isso só vai se estabelecer na medida em que
você não só aceita a proposta, como verifica e medita sobre isso.
Entre nisso e comece a notar quem é que está com fome,
quem está com sede, quem está com sono...
Volte ao princípio de tudo e dê-se conta de que
você é aquele que observa. E isso é um fato!
Não estamos tratando de uma teoria.
No entanto, foi criada uma identificação com o observado
desde os primeiros momentos de vida.
E você confunde aquilo que está sentindo, como sendo você.
Mas o processo de observação é o que eu o convido a não parar.
Continue observando. É uma eterna vigilância!
Veja que aquele que está sentindo isso ou aquilo, não é você.
Note que as sensações passam e você não passa.
Podemos considerar que a observação se estabeleça,
de uma certa forma, através de uma prática.
Mas, ulteriormente, isso já é você. Esse é o ponto.
Talvez seja complexo para você compreender.
E é por isso que eu faço alguns movimentos em direção
a seguinte verificação: agora, nesse instante,
tudo que está ocorrendo, está ocorrendo em si,
ou porque você tem a observância desse acontecer?
Claro que é duro submeter-se a essa Verdade.
Porque, dessa maneira, todas as metas do seu ego,
todos os métodos, todas as ideias ficam temporariamente canceladas.
Mas é tão simples! Não tem nada a ser feito.
E se você olha com clareza, é possível ver que
nem aquele que está morrendo é você.
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