segunda-feira, setembro 13
O "eu" não é você!
A sua natureza é Observação.
Você não pode ser nenhuma outra coisa.
Praticamente todas as coisas que estão em pauta, a maior parte,
fazem parte da dimensão dessa entidade "eu". Mas isso não é você.
Portanto, não controle a entidade. Não faça nada com ela.
Eu não estou aqui o convidando a fazer algo em relação a ela.
Somente assuma a sua condição de Observador e observe.
Essa entidade é um político. Ela quer falar por você.
Ela pensa que sabe o que é melhor para você.
Mas esse "você", que está em pauta para ela, é ela mesma.
Não é você.
Se você começa a se dar conta – e é fantástico de ver –,
nota como ela está em ação no dia-a-dia.
Ela faz muitas coisas e talvez seja um pouco desesperador
descobrir que não tem "você" em lugar nenhum,
que, praticamente todo o tempo, é a entidade que está agindo.
De alguma maneira, você está me ouvindo em Satsang,
mas ainda não trouxe para a realidade do agora, aquilo que você vê,
aquilo que você é.
Tem uma metáfora interessante:
"É como um homem que parece pobre,
mas tem trezentos milhões de reais no banco".
Por que ele não usa sua riqueza?
A mente, a entidade, está sempre lidando com o mundo
sob uma noção de pequenez. A entidade é muito pequena,
e está sempre tentando ser aprovada, se engrandecer.
Não há o que fazer. Não tem como remediar isso,
porque a relação dela com o mundo é exatamente assim.
A entidade "eu" é infinitamente minúscula.
Enquanto você, quem você verdadeiramente é, é infinitamente vasto.
Veja! Que tamanho você tem, agora?
Mas a maioria das suas relações sofrem regulagens
sob a ótica da pequena entidade.
Existe tamanha identificação com os objetos, com os pensamentos,
com as sensações, com os sentimentos, com o corpo e com a história.
Toda essa identificação é estorvante.
A estrutura da entidade está sempre lhe trazendo para a realidade dela.
E a Consciência, diga-se de passagem, não briga com o estorvo.
A Consciência não briga com nada,
Ela simplesmente aceita essa (aparente) realidade reducionista -
que te limita e obviamente o faz sofrer,
porque você não se dá conta de que "tem 300 milhões no banco".
Talvez seja isso que Jesus estava dizendo, quando propôs:
“Perdoai-vos, eles não sabem o que fazem”.
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