terça-feira, setembro 14
os lírios não têm ideia do mundo
Veio à tona um poema do Fernando Pessoa, em que ele diz:
“O mundo não é ideia minha.
A minha idéia de mundo é que é ideia minha”.
Se você notar que tudo que você concebe são apenas ideias
que você tem a respeito das coisas, você saberia que as coisas são as ideias
que você tem das coisas.
Satsang é fazer com que você encontre as coisas na sua pureza,
sem a interferência de suas ideias.
Nesse encontro entre você e as coisas, você vai notar que não existe nem você
nem as coisas. Ou, melhor dizendo, você e as coisas são a mesma coisa.
Mas você precisa ter a coragem de ir de encontro à remoção da tela
que o separa de tudo.
Você sofre no mundo, não porque o mundo quer que você sofra,
mas porque você tem uma ideia de mundo que é sofrível.
Nós estamos aqui para mudar a nossa ideia de mundo? Não.
Tenhamos ideia nenhuma de como o mundo deva ser.
Vivamos o mundo do jeito que ele é, como os lírios –
eles não têm ideia nenhuma do mundo.
Você já viu algum lírio tentando virar presidente do mundo ou pregando a paz?
No momento em que todas as pessoas virarem lírios,
o mundo deixa de existir; porque o mundo é exatamente a ilusão em acontecimento.
Se tiver a coragem de olhar para o que estou dizendo,
uma série de conceitos que estão condicionados na sua mente –
como sendo realidade –, começarão a sofrer um desmantelo.
Satsang elimina toda a mentira.
Se o coito não for interrompido, você vai até o fim.
Se o coito for interrompido, nesse caso, as suas prioridades ainda estão intactas.
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