quinta-feira, setembro 16

Tudo é Leela. Aprenda a brincar!


















Tudo o que acontece tem de acontecer e, nesse sentido, nada acontece. Na periferia, as coisas acontecem: elas vêm, vão, e mudam de forma – inclusive você. Você era uma criança, um bebezinho, depois cresceu, ficou adolescente... depois uma mulher e, eventualmente, você vai virar uma mulher velha, mudando de forma constantemente. Tudo o que existe no corpo, na periferia, é uma mudança. No entanto, você tenta aprisionar, conter uma ideia de si mesmo.

Mas veja que você tem falhado – ou você se lembra de tudo o que aconteceu? Tanta coisa já passou. Quando você vê que tudo é como água corrente, não tenta segurar a água com as mãos, você a deixa correr. Inclusive, tire as mãos da água e diga: “Vá para onde quiser”. Um barco perdido, necessariamente, bate no Paraíso. Porque não há nada mais que não seja o Paraíso! Tudo o que há é o Oceano. Você vai sair do Oceano e cair para onde? Você volta para o Oceano de onde veio, de onde nunca saiu.

Você pensa estar fora apenas na sua imaginação, mas, na realidade, não tem nada fora da Existência, não há nada fora da Consciência que você é. Você pode pensar que foi a Marte, ou que foi a princesa Isabel, mas isso não faz de você a princesa Isabel. Você não é a princesa Isabel. Você não é nem aquilo que você está pensando que é, imagine, então, ser a princesa Isabel!

Quando se dá conta de que você não tem limites, o que pode aterrorizar esse Ser que você é? Não tem nada fora dele. O medo, a angústia, a ansiedade... todos esses sentimentos são periféricos, acontecem na ideia de separação. No momento em que você olha e vê que não está separado, tudo isso fica irrelevante, sem sentido.

Você pode fazer o que quiser, o que pintar na sua cabeça, não muda absolutamente nada. Tudo é uma grande brincadeira, leela. Aprenda a brincar!

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