quarta-feira, junho 22

não, obrigado!



















Olhe para dentro, não pára. Então, meu convite sério, embora pareça não ser, é: vamos perguntar, vamos investigar juntos quem é você? Pode que você não entenda, pode que você não queira o que eu estou propondo que você veja, não tem problema, significa apenas que você está esperando ainda que alguma diretriz, algum método ou alguma estratégia salve você, salve você do que? Do conflito, e tem um conflito que é supremo, do qual a gente está sempre fugindo, de uma maneira ou de outra, principalmente quando os cabelos começam a ficar brancos. A gente começa a ver que a curva desceu e agora? Pra onde eu vou, será que eu vou, será que eu não vou? 


Tenho uma piada pra vocês: Um turco e um judeu estavam no bar discutindo, o turco tinha um débito com o judeu, o judeu disse: "Tu vais me pagar" e o turco: - "Não te pago". Pegou um revolver, colocou na cabeça e disse: "Nem no inferno eu te pago" e, pum, se matou. O judeu olhou e disse: "Eu não vou deixar isso assim, ele me paga nem que seja no inferno, pegou o revolver e, pum, deu um tiro na cabeça. Tinha um português olhando, colocou o revólver na própria cabeça e disse: "Eu não perco essa briga por nada desse mundo". (gargalhadas!) Mas tinha uma outra figura insana sentada no bar que disse: "No thanks". 


A gente está sempre indo atrás de alguma coisa. O sofrimento de qualquer um de nós aqui nesta sala só pode estar acontecendo porque tem alguma coisa que tem de estar acontecendo que não está acontecendo, senão, você tem de rezar comigo: está tudo ótimo. Ah, não, mas se tu não estivesses com tosse seria melhor, não é Satyaprem? Como é que eu vou saber, eu não vou especular com você, eu não sei se seria melhor. Se você observar de perto as pessoas conversando você vai vendo que eles vão dizendo, na verdade, nada, é tudo fantasioso e especulativo, no frigir dos ovos se você começa a conversar, você começa a desmaterializar isso. Meu convite é esse: desconstrua esse "troço", não com os outros, nem se importe... Com você, o seu próprio diálogo interno tem de ser desconstruido. 


Como faz isso? Já expliquei isso: "No thanks", não, obrigado. A princípio parece que é meio complicado, mas se você insiste e você nota que esses espaços de stop, de silêncio, de "no thanks", de não diálogo com a mente se tornam cada vez mais acessíveis e mais sensíveis. Eu noto, olhe só, (Silêncio...), parece que os ossos se acomodam nos músculos, parece que tudo se acomoda, parece que há um relaxamento que afeta o sistema como um todo e ele não provém de um "fazer alguma coisa", provém de "um fazer nada". Pé no freio, "no thanks."

Um comentário:

  1. Muito bom! Trazer a mente para o agora e uma pratica que necissita nossa dedicaçao a cada momento
    ...tanto quanto inspirar e expirar! Obrigado pela reflexao! Namaste dedicaçao a cada momento
    ...tanto quanto inspirar e expirar! Obrigado pela reflexao! Namaste

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