quarta-feira, agosto 10

o súdito complexo e o simples soberano
















Sem definir a si mesmo pelo que os outros dizem de você nem pelo que você pensa sobre si, o que é você?  Este apontamento é tão explícito e claro que chega a doer nos olhos. O único convite, eu reitero, é retirar-se – através de um mínimo entendimento.

Retire-se daquilo que aponta como sendo você no tempo e no espaço, para aquilo que não existe no tempo e no espaço. Retire-se daquilo que você pensa que é, e daquilo que você pensa que os outros pensam que você é – o que dá no mesmo – para algo impensado, inimaginável.

É sempre novo! Note que você gostaria de ter dado o primeiro ou alguns passos em direção ao que você considera a Verdade, mas a verdade é que não tem passo nenhum a ser dado. O que você verdadeiramente é, além de qualquer concepção e pensamento, é absolutamente novo e inocente.

Meu argumento é mais do que simples e, talvez, por ser tão simples, é fácil de ser negado pela mente, que elege o complexo como seu imperador. No entanto, a revelação do Silêncio como sendo a resposta, como sendo você, é de uma simplicidade ou, ainda, de uma obviedade que chega a ser incompreensível para a grande maioria.

Note: quando é dito que a forma de ser você, é não ter questionamentos, você imediatamente quer saber como fazer isso. Mas isso é crítico, porque o mínimo passo com a intenção de tornar-se você, é o suficiente para afastá-lo dessa realização. Portanto, não se ocupe nem sequer a respeito de não ter mais perguntas. A brincadeira é retirar-se de qualquer projeção futura ou qualquer lembrança passada e permanecer vazio, simplesmente aqui e agora.

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